Com chamada pela valorização da ciência, 8º CCTI é aberto na PUC

Componente do tripé que fundamenta uma universidade, a pesquisa, aliada ao ensino e à extensão, tem o poder de transformar vidas e modificar a sociedade. Para dar visibilidade à toda produção científica da PUC Goiás, o 8º Congresso de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI) foi aberto oficialmente pela instituição na manhã desta terça-feira, 18, no auditório da Área 4 (Praça Universitária), reunindo autoridades do poder público municipal e estadual, além das instituições de ensino superior goianas.

Com mais de 500 atividades e cerca de 12 mil inscritos, o evento compõe a programação do aniversário de 63 anos celebrados pela PUC neste mês de outubro e discute, neste ano, a temática proposta pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações intitulada Bicentenário da independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil.

O destaque da solenidade de abertura foi a conferência magna ministrada pelo professor da PUC Rio Grande do Sul, Jorge Luis Nicolas Audy, que na ocasião fez uma análise da universidade do século XXI, seus desafios e oportunidades, a partir das orientações que a Unesco traz para o próximo decênio.

Tendo em vista a atuação das universidades na sociedade do conhecimento, o professor discorreu sobre as três missões que legitimam uma universidade, sendo a primeira com a oferta do ensino, a segunda por meio da pesquisa e a terceira, que está relacionada à inovação e sua inserção na sociedade como um vetor de crescimento integral, nas esferas econômicas, sociais e ambientais.

Para o pesquisador, “o maior desafio é se manter relevante atendendo às demandas que a nova sociedade apresenta às universidades: uma maior inserção e apoio na resolução dos problemas, dos desafios sociais e, principalmente, a atuação como verdadeiro vetor de desenvolvimento econômico, social e ambiental”, analisou.

Ele também destacou os desafios atuais, entre eles, o corte de investimentos e a visão do papel da universidade na sociedade, mas apesar de toda essa complexidade, vislumbra o futuro com otimismo.

“Acredito que é um problema conjuntural, a longo prazo a universidade mantém os grandes desafios que ela sempre teve. O seu papel é insubstituível na sociedade, então, são caminhos que temos que encontrar para superar esse período de complexidade que vivemos e seguir desempenhando as missões que são próprias da universidade, tanto no ensino, como na pesquisa e na extensão”, complementou.

Convite à comunidade acadêmica

Anfitriã do Congresso, a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, profa. Milca Severino, manifesta sua alegria em disponibilizar à sociedade uma programação que contempla todas as áreas do conhecimento.

“É um momento muito rico para a universidade, de troca de experiências, de conhecimento e de partilha, no sentido de valorizar sempre a ciência, a tecnologia e a inovação em prol da vida e da qualidade de vida das pessoas. Hoje é um dia mágico para a PUC Goiás, porque estamos iniciando um grande Congresso, e diversas atividades importantes estão acontecendo desde o último sábado”, informa.

Em formato presencial, o 8º CCTI continua em todas as áreas da PUC Goiás até o próximo sábado, 22 de outubro. A programação completa está disponível neste link, que também dá acesso às inscrições para ouvintes.

Visibilidade à produção cotidiana

Reitora da PUC, a profa. Olga Izilda Ronchi destacou que o Congresso de Ciência, Tecnologia e Inovação é uma síntese daquilo que é cotidiano na universidade. “Fazemos ciência todos os dias na PUC. Uma universidade que é vocacionada para a ciência e, portanto, um lugar da pesquisa, Iniciação Científica, pós-graduações, mestrados, doutorados, pós-doutorados e importantes revistas, em diversas áreas do conhecimento, com qualificação nacional e pontuação máxima da ciência brasileira”, analisa.

Ao resgatar as raízes históricas da PUC e sua criação há 63 anos como primeira instituição universitária do Centro-Oeste, a reitora avalia que o evento é uma mostra de tudo que é produzido pela instituição nas últimas seis décadas.

Ao mesmo tempo, avaliou a conjuntura socioeconômica do País e fez uma chamada de atenção à sociedade brasileira pela valorização da produção científica. “Um momento delicado para a educação brasileira, a ciência e o desenvolvimento tecnológico, com muitos cortes de verba e de financiamentos nas diversas áreas. A pandemia do coronavírus mostrou a relevância da ciência brasileira e mundial, portanto, é uma semana de reflexão sobre o papel dela para a sobrevivência do Planeta”, alertou.

 

 

Fotos: Wagmar Alves