Universidade é reconhecida pelo Iphan

O trabalho Preservação da Imagem e Memória da Amazônia por John Adrian Cowell (GO) recebeu menção honrosa na 31ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Instituto enviou o certificado à Reitoria da PUC Goiás, na última segunda-feira, 21 de janeiro, em reconhecimento ao trabalho realizado pela universidade, por sua contribuição à salvaguarda e preservação do patrimônio cultural brasileiro.

O concurso premiou oito trabalhos e ações no campo do Patrimônio. Os vencedores foram dos estados do Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia e São Paulo. Os 20 membros da Comissão Nacional de Avaliação reuniram-se na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília, e elegeram as ações de destaque no campo do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cada premiado receberá o valor de R$ 30 mil, além do Selo do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2018.

Instituído pelo Iphan em 1987, o Prêmio  tem como objetivo o reconhecimento a ações de proteção, preservação e divulgação do Patrimônio Cultural Brasileiro e é uma homenagem ao primeiro dirigente da Instituição.

Sobre o acervo

O acervo de Adrian Cowell está abrigado no Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA), localizado na Área 2 da instituição. É formado por 3500 registros fílmicos, composto por filmes 16mm, fitas de vídeo, slides e diários de campo sobre a Amazônia. Todo esse material contribui para o debate político e cultural, que envolve a região e constitui a memória dos povos da floresta.

Com a realização do projeto Histórias da Amazônia – 50 Anos de Memória Audiovisual, aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, foi possível trazer o acervo de Adrian para o Brasil, e incorporá-lo ao Acervo Audiovisual da PUC Goiás, uma referência nacional e internacional na preservação do patrimônio cultural brasileiro.

Cowell também registrou em fotos, vídeos e por escrito a colonização da Amazônia, o desmatamento e as campanhas ambientalistas pela preservação da floresta, além da criação das primeiras reservas extrativistas e do primeiro contato com os índios Uru Eu Wau Wau. Entre os livros, destaque para Década da Destruição, publicado em 1990, que tornou-se leitura obrigatória em tempos pré-Rio-92, com capítulos específicos sobre o Parque Indígena do Xingu, Rondônia e o líder seringueiro Chico Mendes.

(Com informações do Iphan e Imagens Amazônia)