Universidade debate imigração e direitos humanos

O compromisso com a formação integral pauta a missão educativa da PUC Goiás, propósito que fica nítido nos projetos pedagógicos das escolas. E com o intuito de sensibilizar os saberes para os fazeres e a busca pelo conhecimento para além da sala de aula, a academia se mobilizou  na manhã desta segunda-feira, 17, no Teatro PUC (Câmpus V) para debater um tema contemporâneo e que faz parte da realidade de muitos países: os direitos humanos e os movimentos imigratórios mundo afora.

Esse assunto foi discutido durante o I Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão, promovido pelo Programa de Direitos Humanos da universidade (PDH), em parceria com a Escola de Comunicação e a Escola de Direito e Relações Internacionais, envolvendo docentes e estudantes na discussão do tema e, também, na organização do evento.

Vale ressaltar que a iniciativa está em consonância com a Campanha da Fraternidade deste ano, proposta pela CNBB, que discute o tema Fraternidade e vida: dom e compromisso e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”, (Lucas 10, 25-37).

“A mobilidade das pessoas no mundo é questionada, primeiramente, de forma política e econômica e, agora, engloba também a esfera da saúde. Como percebemos, até a repatriação de brasileiros em decorrência dos casos de coronavírus torna-se uma realidade discutida pela população. Acontece que a questão de acolhimento ao outro deve ser superior às barreiras políticas, econômicas e de saúde. Isso deve ser percebido como uma questão de humanidade”, instigou a coordenadora do PDH, profa. Núbia Simão.

Para sensibilizar a plateia sobre o tema, o evento foi marcado pelo relato de experiências de pessoas que atuam na causa. A estudante do curso de Relações Internacionais da PUC, Beatrice Daudt, por exemplo, relatou seu voluntariado na Cruz Vermelha, em Portugal, realizado no ano passado, durante seu intercâmbio. Por meio dessa vivência, ela auxiliou nos serviços de assistência educacional a pessoas refugiadas de Sudão do Sul (África) e da Síria (Ásia). A irmã Glória Dal Pozzo, da Pastoral do Migrante, que compõe as pastorais sociais da CNBB e está vinculada à Arquidiocese de Goiânia, deu sequência à partilha de experiências, abordando o tema sob o ponto de vista da acolhida local aos migrantes e imigrantes, na Rodoviária de Goiânia.

Ela falou da preocupação dos voluntários envolvidos no trabalho ao oferecer aulas de Português aos estrangeiros, a acolhida às mulheres gestantes que precisam ser encaminhadas aos serviços de saúde, além de do acolhimento às necessidades básicas do indivíduo. No posto de atendimento também são realizadas celebrações e seminários são promovidos pela Pastoral para debater o tema de forma mais densa, com a presença de especialistas no assunto.

Participaram, também, da discussão, colaborando com suas pesquisas científicas, os professores da Escola de Direito e Relações Internacionais, Gabriela Pugliese, Paulo Henrique Farias e Danillo Alarcon e a professora da Escola de Comunicação, Luciana Serenini. O debate interdisciplinar foi mediado pelo docente do curso de Jornalismo, Rogério Borges. No decorrer deste ano, a PUC Goiás irá promover diversos eventos para discutir a Campanha da Fraternidade, além de mobilizar a comunidade para ações que visam o bem comum.