Uma jornada histórica pela cidadania

Quando a décima primeira Jornada da Cidadania terminou, em maio de 2016, um recorde inimaginável foi alcançado: o evento registrou, à época, a marca de 560 mil atendimentos e 130 mil visitantes. Após a comemoração, a vontade de fazer um evento maior, ainda melhor e mais organizado pairou sobre a cabeça dos organizadores. Seria possível superar algo assim? A resposta, no ano seguinte, mostrou que sim. Em edição histórica, o evento recebeu 160 mil visitantes e foi palco para 859 mil atendimentos gratuitos para a população da Grande Goiânia.

O reitor da PUC Goiás, professor Wolmir Amado, apresenta o Balanço Social de 2016. Foto: Wagmar Alves

“O sentimento é de gratidão a Deus e à comunidade, pela resposta”, frisou o reitor da PUC Goiás, professor Wolmir Amado. “São 12 anos de caminhada, onde tive a oportunidade de acompanhar o projeto desde quando era somente uma ideia distante”, lembrou o reitor. A reflexão surgiu após o fim do terceiro dia de evento, quando, satisfeito, retornou de uma caminhada pelos diferentes espaços que acolheram as atividades. Naquele momento, os números já superavam a edição passada, mas quase 200 mil atendimentos completariam a contagem final, no dia seguinte.
Ainda naquela noite, o reitor comemorou a forte adesão dos alunos, professores e funcionários da instituição. “Vejo os estudantes com esse protagonismo, essa participação mais ativa no processo. É importante porque essa Jornada é educativa, de formação de valores, é esse o seu sentido de ser”.

Uma das protagonistas dessa grande história, a acadêmica de Enfermagem Nathália Caetano, 22, ajudou em atendimentos e orientações de saúde ao público. “A universidade vai muito além do que aprendemos na sala de aula. Precisamos compartilhar o que sabemos. Isso é gratificante e torna o profissional mais sensível, mais qualificado e mais humano com as pessoas”, pontuou sem hesitar.

Trabalhando no mesmo andar que Nathália, entre os docentes que puderam acompanhar alguns dos milhares de alunos que atuaram na Jornada, a professora Renata Crispim, da Escola de Comunicação. Ela atuou no Lambe Lambe Digital, espaço que registrou e distribuiu, gratuitamente, fotografias 3×4 durante o evento. “Todas as vezes que eu participei, convivi com muitos alunos que estavam pela primeira vez. Sempre percebo neles esse relato de ganho pessoal e profissional. Consigo ver o quanto eles se sensibilizam e relatam isso”, exclamou.

Na manhã seguinte, o evento ainda recebeu muitos visitantes, aproveitando os últimos momentos da programação. No Complexo Poliesportivo do Câmpus II, alunos dos cursos de graduação se dividiram entre a comemoração e a lamentação com os resultados finais dos Jogos Universitários. Ali perto, no Memorial do Cerrado, familiares, amigos e desconhecidos seguraram as lágrimas com o casamento comunitário que reuniu 27 casais na capela da Vila Cenográfica.
Dentro da igreja, Gabriel de Freitas Oliveira, 29, se preparava para o momento. Ele e a então noiva Priscila Elias, 33, começaram a residir juntos naquele mesmo dia, em uma casa que eles mesmos construíram com a ajuda de familiares e amigos na Vila Jardim Vitória, em Goiânia. “Desde o primeiro ano de namoro nós conversamos sobre isso. Só não casamos antes porque era muito difícil”, lembrou o rapaz. Na fila, do lado de fora, junto com as outras noivas, Priscila se emocionava ao colocar um terço de Nossa Senhora Aparecida em seu buquê. “Eu tinha esse sonho, que agora se concretiza com as bênçãos de Deus protegendo a gente”.
Enquanto Priscila se ajeitava e concedia a entrevista, sua prima Lulliany Santos, 32, colocava o nome da irmã na barra do vestido da noiva. “Estou acompanhando tudo desde o início da manhã e estou muito feliz por ela. Nós crescemos juntas”, contou a moça, que registrou todo o momento com sua câmera fotográfica.
De volta ao piso inferior do Centro de Convenções PUC, era possível ver, já nas primeiras horas da tarde, a coordenadora-geral do evento e pró-reitora de Extensão e Apoio Estudantil, professora Márcia de Alencar, resolvendo as últimas questões envolvendo a Jornada e somando os dados preliminares para divulgação. De tempos em tempos, os números faziam questão de impressionar ainda mais. “Estamos mais que felizes, estamos radiantes! A resposta que a população tem nos dado cria a responsabilidade, na PUC Goiás e na Arquidiocese de Goiânia, de nos superarmos a cada ano”, refletiu. Com a vontade de oferecer ainda mais para a população, aumenta também, no entanto, a necessidade da participação efetiva de parceiros dos setores público e privado. Desafio aceito. Os primeiros passos já foram dados logo após aquela conversa.