Técnicas de mediação são discutidas com gestores

A mediação de conflitos é essencial para resolver problemas que podem surgir nas relações interpessoais e de trabalho. Considerando a eficácia desta ferramenta, a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional, por meio da Divisão de Recursos Humanos, promoveu nesta quarta-feira, 13, um treinamento sobre técnicas de mediação, voltado aos 176 gestores da PUC Goiás atuantes nas unidades acadêmicas e administrativas.

Esse evento é resultado de um trabalho desenvolvido pela Prodin há oito anos, que envolveu investigação bibliográfica sobre o tema, elaboração de um projeto personalizado para a instituição e avaliação do perfil dos trabalhadores.

Com essa pesquisa em mãos, a equipe de Recursos Humanos promoveu, nos últimos anos, momentos formativos juntamente aos gestores e, agora, realiza um momento prático para mostrar às lideranças institucionais como resolver problemas do cotidiano.

De acordo com a coordenadora de Recursos Humanos da PUC Goiás, Graciele Teles, a prática da mediação tem sido exitosa na universidade e o intuito da ação é disseminar as técnicas para as lideranças docentes e administrativas da instituição.

Como resultados do trabalho, ela mencionou a diminuição das medidas interdisciplinares e a mudança de postura dos trabalhadores, que amadureceram e se engajaram no ambiente de trabalho, após conhecerem as ferramentas da mediação.

“O propósito não é de formar mediadores, mas mostrar como podemos trabalhar com as habilidades pessoais em prol da mediação de conflitos no ambiente de trabalho. O trabalhador que está em paz, traz essa confiança para o trabalho, fica satisfeito e se existir o conflito ele será resolvido da melhor forma possível”, ressaltou a coordenadora.

Formação

O tema foi trabalhado pela conciliadora do Tribunal de Justiça de Goiás, Rita de Cássia Cavalcanti e pela doutora em Psicologia pela PUC Goiás, Débora de Abreu Martins. Os métodos trabalhados na atividade estão contidos no Manual de Mediação do Conselho Nacional de Justiça como política pública em que a mediação é colocada como um método informal e estruturado.

Uma das técnicas discutidas durante o evento foi a recontextualização, que ocorre quando o mediador identifica o conflito através da audição das partes envolvidas no problema e tira toda a carga negativa.

Rita, inclusive, deu um exemplo: “João é generoso demais”. Em novo contexto, isso mudaria para: “você está dizendo que João gosta muito de ajudar às pessoas”, informação que tira a carga emocional e de julgamento.

Nesse sentido, a dra. Débora explicou que a finalidade é transformar os gestores em parceiros dos seus funcionários. ” As técnicas vêm propor uma forma de ampliação do diálogo, através de situações já devidamente ponderadas, estudadas, com a opção de não passar a mão e também de não gerar um desgaste, como as medidas assertivas. A mediação é o meio termo que existe com a finalidade de evoluir”, ressaltou.

A arte de mediar é fundante em qualquer ser humano. Temos que olhar para o outro com cuidado e isso reflete em nós a possibilidade de um bom diálogo, de uma escuta. Queremos que a liderança de pessoas seja do bem, por meio do diálogo, da mediação, da escuta atenta e respeitosa.

Helenisa Gomes, pró-reitora de Desenvolvimento Institucional

(Com colaboração do estagiário Lucas São José de Faria)

Fotos: Wagmar Alves