Simpósio nacional sobre ‘As Igrejas na Ditadura’ marca a celebração dos 25 anos do PPGCR

A comemoração do Jubileu de Prata do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião (PPGCR) teve início na noite desta quinta-feira, 25, com palestra proferida pelo professor e pesquisador alemão Michael Ramminger, dentro da programação do Simpósio Nacional ‘As igrejas na Ditadura’, que prossegue até a sexta-feira, 26, na sala de defesas da Área 4.

O coordenador do PPGCR, professor Clóvis Ecco, destacou que, em 25 anos, o programa formou cerca de 500 mestres e doutores em Ciências da Religião e que o programa vem se mantendo em destaque com relação aos demais que existem no Brasil, já que foi avaliado com nota 5. Atualmente, o programa conta com 60 estudantes.

Responsável pela organização do evento, o professor Alberto Moreira mencionou a coincidência de duas datas importantes: os 60 anos da Ditadura Militar no Brasil e os 25 anos do PPGCR: “Por sua importância histórica, a Ditadura Militar não pode passar em branco, principalmente devido ao papel que as igrejas cristãs tiveram nessa fase histórica. Este simpósio, então, pretende estudar, refletir e debater sobre esse tema. A outra data importante é o jubileu de prata do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião, que contribui na formação de especialistas na pesquisa de religião do Centro-Oeste e tem boa qualificação perante a Capes e o MEC”.

Com o tema ‘As igrejas e a democracia na Alemanha’, mediado pelo professor Alberto Moreira, o professor Michael Ramminger, explicou que a sua explanação reuniria a relação entre religião, igreja e democracia: “É um tema muito importante porque, especialmente na Europa, em países como a Alemanha, Hungria, Polônia, Itália, França, tivemos um desenvolvimento do autoritarismo e das políticas antidemocráticas e é relevante pensar também na relação entre religiões e a política. Durante o fascismo na Alemanha, as igrejas desempenharam um papel fundamental”, frisa.

Estiveram presentes na abertura do simpósio a reitora da PUC Goiás, professora Olga Izilda Ronchi; a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação, Priscila Valverde de Oliveira Vitorino e a diretora da Escola de Formação de Professores e Humanidades, professora Rosemary Francisca Neves Silva.

Um pouco mais sobre o simpósio nacional sobre ‘As Igrejas na Ditadura’

O simpósio nacional ‘As Igrejas na Ditadura’ visa contribuir para fortalecer o esforço coletivo de compreender, analisar e comprometer-se com as vítimas do passado para que a barbárie não volte a dominar o presente.

Sessenta anos após o regime ditatorial, boa parte dos estudiosos e historiadores é unânime em afirmar que o caráter mais terrível da ditadura militar é justamente o fato de que ela não passou, nunca se foi totalmente, se enraizou e se eternizou nos meandros do poder e em setores autoritários da sociedade brasileira.