Roda de conversa abre diálogos sobre comunicação sem agressividade

O Programa Interdisciplinar da Mulher – Estudos e Pesquisas (Pimep) da PUC Goiás, em parceria com professores e estagiários do curso de Psicologia da Escola de Ciências Sociais e da Saúde realizou a primeira roda de conversa sobre comunicação não-violenta. O encontro ocorreu na noite desta quinta-feira, 1º, na sala multiuso 1 da Área 4, no Setor Universitário.

A atividade integra as ações de prevenção após a pesquisa realizada pelo Pimep em 2017 com estudantes universitárias, que revelou um índice preocupante de riscos de violência em relacionamentos. “O objetivo de hoje é discutir ferramentas para prevenir, buscando contribuir em todos os ambientes: o acadêmico, familiar, de trabalho. Romper com o modelo da violência, que é o que está estabelecido”, explica a coordenadora do Programa, professora Luciene Falcão.

Conforme explica a professora, a oportunidade surgiu do trabalho já realizado na clínica-escola de Psicologia da universidade. A partir da busca de estagiárias e professores do Centro de Estudos, Pesquisa e Prática Psicológica (Cepsi) da PUC Goiás, por uma alternativa de prevenção para casos de violência doméstica, surgiu o trabalho com o conceito de comunicação não-violenta de Marshall Rosenberg.

“Temos uma ideia de que sabemos nos comunicar com os outros, mas vemos que cada dia mais a nossa sociedade está sem conexão, a começar a sua conexão com você mesmo, na identificação dos seus sentimentos, sua identidade”, frisa a professora Gabriella Assumpção Alvarenga, que acompanhou as estagiárias como supervisora de estágio em psicologia social.

Diálogo

Para a atividade, uma roda se formou na sala. Além da apresentação dos conceitos pelas professoras e estagiárias, cada aluno foi convidado a dizer um pouco do que entendia por esse tipo de comunicação. “É claro que trazemos os conceitos do autor, mas queremos dar a possibilidade das pessoas reconhecerem também essa comunicação como um caminho para uma conexão consigo e com os outros”, explicou a professora Gabriella Assumpção minutos antes do início.

“É um conceito que já procurei ler antes e que acho muito válido, muito interessante”, frisou o acadêmico de Psicologia André Luís do Prado, 23. “Através dele pode se formar o diálogo e é só a partir do diálogo que a gente consegue falar sobre as coisas sem denegrir as pessoas. Até porque denegrindo você acaba distanciando, a pessoa passa a não ouvir o que você está falando”, continuou.

A atividade deve se repetir em outras oportunidades na universidade, oportunizando a ampliação da discussão entre discentes e docentes.

*Com o Apoio de Denise Alves, estagiária de jornalismo da Dicom/PUC Goiás