Reitora transmite mensagem do papa à comunidade acadêmica

A reitora da PUC Goiás, profa. Olga Izilda Ronchi, e o padre David Pereira de Jesus, coordenador do curso de Teologia, pároco da Paróquia Universitária e Vigário Episcopal do Vicariato para a Cultura e Educação da Arquidiocese de Goiânia, participaram, no final do mês de novembro, do Congresso de Pastoral Universitária em Roma (Itália) e de uma audiência especial com o papa Francisco, quando tiveram a oportunidade de conversar com o santo padre.

O Congresso, promovido pelo Dicastério para a Cultura e Educação, primeiro realizado neste formato, abordou o tema Em busca de uma visão poliédrica e mobilizou 44 países, acolhendo 250 participantes de todos os continentes, das américas (Sul, Central e Norte), Europa, Ásia, África e Oceania.

“O Congresso apresenta uma visão mais abrangente sobre as juventudes universitárias, especialmente para a pastoral universitária das universidades católicas. Essa visão de uma realidade complexa que a juventude hoje enfrenta teve o objetivo de impulsionar o trabalho que as universidades já desenvolvem em torno da pastoral. Uma palavra, eu diria, de encorajamento diante dessa realidade complexa e multifacetada”, refletiu a reitora Olga.

Ao refletir sobre a proposta da iniciativa, a reitora da instituição apresentou três aspectos marcantes da fala do papa Francisco durante o Congresso: apreciar as diferenças, acompanhar os jovens com cuidado e agir com coragem.

De acordo com a reflexão do santo padre, “apreciar as diferenças” se encontra no sentido de que cada um tem a sua forma individual de ser, pensar e agir no mundo. “A palavra do cardeal Tolentino e do Papa Francisco reafirma que os jovens são a esperança, são neles que o futuro se encontra. Nós ainda não descobrimos e não conseguimos ainda ter um diálogo necessário com a juventude, até para poder acolher as diferenças”, refletiu Olga.

Já a dimensão “acompanhar com cuidado” mostra a necessidade de acolhida ao jovem para que ele seja orientado e encontre nas universidades uma referência, um projeto de vida e um lugar e modo de agir no mundo.

“O papa pede que os jovens sejam acompanhados, às vezes, não é porque nasceu descrente, mas porque nunca foi apresentado para ele uma alternativa de vida, uma possibilidade de construir outras referências. No caso de uma universidade católica, por exemplo, as referências do Evangelho”, explicou.

Já a terceira dimensão que ele chama de “agir com coragem”, implica em não ter medo de estar no meio do jovem, dos seus dilemas, ansiedades, dificuldades e recusa: “é sobre ter coragem de estar com os jovens para que eles possam descobrir que podem ser diferentes e dar testemunho da luz”, complementou.

Audiência papal

Além do Congresso, a reitora Olga e o padre David participaram de uma audiência especial com o papa Francisco, no dia 24 de novembro, quando entregaram ao sumo pontífice um conjunto de 12 obras do artista e professor da PUC, Tai Hsuan-An, organizadas em um estojo especialmente produzido para esse fim, produzida pela Oficina de Papel da PUC Goiás (projeto de Zenilda Taniguti e  execução de Sérgio Ferreira Silva).

As 12 obras selecionadas apresentam espécies da família psittacidae, que ocorrem no Cerrado brasileiro. “A escolha da obra do professor Tai foi uma escolha muito feliz. Teve a expressão da comunidade acadêmica, da arte, juntamente com a preocupação ambiental da universidade, como também de valorizar o trabalho dos nossos professores. Nós sabemos a preocupação que o papa tem com o meio ambiente, é uma pessoa muito preocupada com os rumos do planeta e das condições de sustentabilidade, que ele chama de cuidado da casa comum. Ele tem o entendimento de uma ecologia global até para garantir a sustentabilidade do planeta”, contextualizou.

Ao relembrar a conversa com o papa, a reitora expressou a emoção e a honra de representar a comunidade universitária naquele momento.

“ Quando a gente foi entregar o presente para o papa, assim que falamos a palavra Cerrado, o olho dele imediatamente brilhou. Ele foi extremamente acolhedor, muito terno e generoso e com muito interesse no presente. Foi tudo muito emocionante e ele fez questão, no final, de dar a benção e dizer que ela se estendia a todos os estudantes, professores, funcionários e a toda comunidade acadêmica, para que todos se sentissem abençoados ali. É claro que gente se emociona muito”, relatou.