PUC integra lançamento do Programa Goianas na Ciência e Inovação

Seguindo com o compromisso do governo estadual em impulsionar a pesquisa na região através de políticas sociais, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), desenvolve o Programa Goianas na Ciência e Inovação. O evento de lançamento ocorreu na tarde desta terça-feira,17, no HUB Goiás (Setor Universitário).

Iniciativa que busca acabar com a disparidade de gênero dentro do campo de pesquisa, será uma ação realizada pelo estado rumo à proeminência de mulheres nas áreas de ciências exatas e engenharias.

De acordo com o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto, o Programa pretende facilitar a caminhada de meninas e mulheres empreendedoras com foco na inovação desses setores, com ações integralizadas diante do apoio de núcleos de pesquisa da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Instituto Federal de Goiás (IFG).

Goiás é referência no setor de tecnologia: atualmente a região ocupa o segundo lugar no ranking da digitalização no país. Os investimentos do governo contam com 26 laboratórios de inclusão digital Includes, cursos de qualificação profissional em robótica voltados para alunos entre 10 e 20 anos, e com o Centro de Excelência em Empreendedorismo Inovador (Ceei-HUB Goiás), inaugurado no final do ano passado.

Participação da universidade

Como signatária do Pacto Goiás pela Educação, a PUC mantém relações estreitas com o governo estadual, no intuito de angariar investimentos e apoiar iniciativas de fomento dos núcleos de pesquisa presentes no estado. Atualmente, as mulheres representam 67% dos estudantes de iniciação científica, 53% do número de pesquisadores e pesquisadoras e 54% dos(as) líderes de grupos de pesquisa da universidade.

Segundo a reitora da PUC, Olga Izilda Ronchi, a presença das mulheres na sociedade acadêmica não é uma particularidade do Brasil, e sim do mundo. Olga ainda destacou o processo histórico de inviabilização das mulheres, quase sempre silenciadas, e que o programa é uma oportunidade para Goiás dar uma lição para o país em relação ao movimento de empoderamento feminino.

‌“Programas como esse afirmam o papel e o lugar da mulher na sociedade de forma geral, mais especialmente na ciência. É um programa fundamental, pois impulsiona as estudantes e meninas goianas, até que elas se sintam estimuladas a permanecer na carreira acadêmica como pesquisadoras. Participando não somente na graduação, mas pensando em projetos de vida na pós-graduação stricto sensu, e que elas possam alcançar patamares compatíveis aquilo que deve ser a presença feminina no mundo de uma forma geral. Hoje, particularmente, celebramos esse impulso tão importante, esse marco histórico para que as meninas sejam valorizadas na ciência, na inovação e na tecnologia”, ressaltou.

Durante o mês de abril, a universidade recebeu de portas abertas o secretário José Frederico, que conheceu às iniciativas da instituição referentes à tecnologia e inovação, além de visitar diversos laboratórios da PUC.

Goianas na inovação

O programa será dividido em três etapas: Despertar, Desenvolver e Acelerar.

A primeira etapa consiste em aproximar mulheres da ciência, despertando áreas de interesse e estimulando a criatividade através da participação dos laboratórios Includes. O laboratório presente no Centro Comunitário de Meninas e Meninos (Cecom) será uma das fontes de apoio da PUC aos projetos do governo.

A segunda etapa visa desenvolver técnicas de aperfeiçoamento a partir da pré-incubação nas Escolas do Futuro (local de apoio para cientistas e empreendedoras que não possuem empresas ou planos de negócios formalizados e consistentes).

‌O Projeto de Iniciação de Mulheres Goianas em Inovação e Ciência (PIMIC), será um agente participativo durante essa fase, ao promover pesquisas científicas de mulheres graduandas em Institutos de Ensino Superior (IES), públicos e privados em Goiás, além de visar áreas prioritárias e estratégicas para impulsionar a pesquisa e a formação de talentos.

O processo final consiste na aceleração do fomento ao empreendedorismo inovador das mulheres goianas do aumento do número de cientistas na pós-graduação.

(Texto: Juliano Cavalcante, estagiário da Dicom) 

Fotos: Ana Paula Abrão