PUC Goiás promove 1º Seminário do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas

O 1º Seminário do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas teve início às 7h30 desta quarta-feira, 7, e vai até às 16h30, no auditório da Área 6. A PUC Goiás, além de sediar o evento, é representada por seu Programa de Estudos e Extensão Afro-brasileiro, o Proafro, do Programa de Direitos Humanos (PDH) e a secretaria Municipal de Educação (SME) pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi).

O seminário tem como objetivo apresentar, socializar e discutir as ações desenvolvidas nas unidades educacionais que atendem a etapa do ensino fundamental, em especial os Projetos Complementares que abordem as Leis n. 10.639/03 e 11.645/08 relativas à história e cultura afro-brasileira, africana e indígena. Para isso, serão realizadas apresentações culturais, palestras, exposições de banners, troca de experiências e rodas de conversas com relatos dos trabalhos realizados nas unidades educacionais da SME, visando implementar uma educação antirracista.

O professor Romilson Siqueira, diretor da Escola de Formação de Professores e Humanidades, não só prestigiou o evento como registrou, orgulhoso: “A PUC Goiás abre suas portas para a discussão desse tema que é muito importante para a sociedade na certeza de que precisamos de uma educação antirracista, que combata todas as formas de violência e opressão”. Para o professor, a educação é um instrumento de absoluta importância na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

A coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) da SME, professora Warlúcia Pereira Guimarães, destacou a relevância dos instrumentos legais discutidos (leis 10.639/03 e 11.645/08), que tornam obrigatórias o ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena em todo o território brasileiro no ensino fundamental, sujeita à fiscalização pelos órgãos competentes (Defensoria Pública e Ministério Público) e sob pena de responsabilização por parte das unidades educacionais que não cumprirem a determinação.

Além disso, ela ressaltou que a exposição dos trabalhos dos alunos é uma forma de socializar conhecimento e favorecer a troca de experiências na comunidade acadêmica: “Esses trabalhos expostos estão sendo produzidos desde janeiro”, informa.

Um pouco mais sobre o Neabi e o Proafro

O Neabi tem como objetivo implementar as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira. Nessa mesma perspectiva, propõe a história e cultura dos povos originários, nas unidades educacionais da secretaria municipal de educação de Goiânia. Para a implementação de trabalho, o núcleo promove, executa, acompanha e avalia as ações discriminadas em cronograma de trabalho, elaborado com base em documentos orientadores. O Neabi é composto por representantes das gerências da diretoria pedagógica da SME, que é formada por gerências.

O Proafro, por sua vez, tem o objetivo de contribuir com o processo de formação crítica e reflexiva sobre o campo dos direitos e sua garantia. O programa está ancorado na promoção dos direitos humanos, tendo como mote a transdisciplinaridade em seus projetos, assumindo uma perspectiva de educação em direitos humanos como instrumento para a universalização da dignidade humana – com base nas necessárias transformações sociais por que passa o Brasil e o mundo.