Parque da Criança garante diversão e cidadania

Um olho no brinquedo e outro no algodão doce. Na fila para desfrutar as guloseimas distribuídas no Parque da Criança, a estudante Nathália Eduarda, 14 anos, estava acompanhada de cerca de 30 crianças e adolescentes de uma escola estadual de Goiânia para curtir as atrações da Jornada da Cidadania, na manhã desta sexta-feira, 25, no Câmpus II da instituição. “Além de brincar, tem muita coisa boa para comer, né”, disse a menina, aos risos. Apenas no primeiro dia do evento, durante o feriado da padroeira, o Parque recebeu 21 mil visitas, com destaque para visitação de famílias e colégios.

Dividida em “pontinhos”, a estação destinada ao público infantil, oferece atrações circenses, capoeira, hip hop, percussão, brinquedos, iniciação esportiva, jogos matemáticos, desenho livre, pintura facial e indígena, contação de histórias, dinâmica de conscientização no trânsito, além de atividades focadas para a primeira infância (crianças de zero a três anos de idade). As atividades são gratuitas e continuam até amanhã, das 8h às 12 horas e das 13h às 17 horas, na universidade. Distribuição gratuita de refrigerante, pipoca, algodão doce, picolé e doces para as crianças também atraem a curiosidade – e o paladar- dos visitantes.

“Nossos serviços promovem uma conscientização, com caráter educativo, sem deixar de ser divertido. É um espaço para falar de inclusão social, respeito ao próximo e às diferenças, promovendo a cultura da paz”, ressaltou a coordenadora da estação, profa. Mayse Mortoza. O Parque conta com o trabalho de monitores da Escola de Circo Dom Fernando e acadêmicos dos cursos de Pedagogia e Educação Física da PUC Goiás.

Monitora da Jornada, a estudante do curso de Pedagogia, Francisca Cândida, 55, é voluntária em atividades de leitura em escolas públicas da capital e também ofereceu seu tempo para auxiliar nas atividades do Parque. “Já vi crianças me dizendo que nunca foram ao zoológico. Dependendo das condições financeiras, o acesso ao lazer é muito escasso e é muito gratificante para nós, voluntários, vermos a felicidade delas”, relatou.

Professora de um colégio evangélico em Aparecida de Goiânia, Geovana Correia superou suas expectativas em relação ao evento. A princípio, imaginou que fosse uma visita ao Memorial do Cerrado, como a escola tem costume anualmente. Todavia ao chegar no local da Jornada, viu uma infinidade de serviços gratuitos, que atraíram a atenção de suas turmas.

“Nos dias atuais, o lazer não é prioridade para os pais, mas sim a manutenção das necessidades básicas. Como educadores, sabemos que é bom para esses meninos esbanjarem energia, porque além da diversão, estimulamos o relacionamento interpessoal e o resgate da autoestima. Amanhã, eu sei que crianças que nem conversavam em sala de aula por serem muito tímidas, estarão bem diferentes graças a momentos assim”, refletiu a professora.

Entre as atividades mais movimentadas está o Pontinho do Brincar. O estudante Ângelo Miranda, 12 anos, subiu várias vezes no touro mecânico e ainda levou a mãe para fotografar todos os momentos: “é a primeira vez que participo, nunca vi tantos brinquedos”, disse o garoto.