O adeus a dom Antonio

Faleceu nesta terça-feira, 28 de fevereiro, aos 90 anos, dom Antonio Ribeiro de Oliveira, arcebispo emérito de Goiânia. O velório será realizado na Catedral Metropolitana de Goiânia, onde também ocorrerá o sepultamento. Dom Antonio foi nomeado arcebispo de Goiânia em 1985, pelo papa João Paulo II. Permaneceu à frente da Arquidiocese até 2002 quando, no dia 8 de maio, aos 75 anos, renunciou ao cargo.
Nascido em 10 de junho de 1926, na fazenda Pontinha, em Orizona, interior de Goiás, dom Antônio era filho de José Ribeiro Oliveira e Luíza Marcelina de Castro. Iniciou seus estudos em uma escola rural e em 1936 ingressou no Seminário Preparatório Jesus Adolescente, estudando dois anos no Seminário Menor de Mariana (1938-1939), onde também fez o curso de Teologia (1945-1948).

Com 23 anos foi ordenado padre por dom Helvécio Gomes de Oliveira, no ano de 1949, na Basílica Catedral de Mariana. No primeiro ano de sacerdócio exerceu a função como primeiro secretário da Faculdade de Filosofia de Goiás, criada no mesmo ano de sua ordenação. No ano seguinte, foi nomeado reitor do Seminário Maior Santa Cruz, atendendo a comunidade São José, de Vianópolis. Ele atuou como reitor do Seminário por cinco anos.

Em 1957, dom Fernando Gomes dos Santos nomeou padre Antonio como pároco da Catedral Metropolitana de Goiânia. No ano seguinte recebeu o título de primeiro vigário geral da Arquidiocese e em 1961, no dia 29 de outubro, recebeu a ordenação episcopal pela imposição das mãos de dom Fernando.

Dom Antonio participou da quarta sessão do Concílio Vaticano II e foi colaborador próximo de dom Fernando para implantação das orientações conciliares na Arquidiocese. Em 1965 foi eleito presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás, onde atuou por 20 anos. Sempre disponível para o serviço da Igreja foi administrador apostólico da Diocese de Goiás e da Diocese de Itumbiara. Em 1975 foi escolhido como novo bispo da Diocese de Ipameri (Goiás) pelo santo padre Paulo VI.

Presente no Seminário Santa Cruz, durante seu tempo na Arquidiocese foram nomeados 35 padres. Ele acompanhou de perto a Universidade e promoveu a reformulação dos estatutos da então UCG, aprofundando sua vinculação com a vida pastoral arquidiocesana.

Em outubro de 1991, com a visita do santo padre João Paulo II à Goiânia, dom Antonio presidiu uma celebração da palavra e fez uma reflexão sobre a comunidade eclesial no altar que agora se encontra no Câmpus II da PUC. Além de um extenso projeto pastoral de grande alcance social, dom Antonio é reconhecido por ser um exemplo de humanidade, simplicidade e acolhimento.⁠⁠⁠⁠