Muticom 2019 é aberto na Cidade da Comunhão

Teve início na tarde desta quinta-feira (18), a 11ª edição do Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom 2019) sediado, este ano, pela Arquidiocese de Goiânia, na Cidade da Comunhão – como foi chamado o Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), na região Leste de Goiânia. O evento reuniu, no primeiro dia, mais de 450 participantes, entre profissionais, estudantes, pesquisadores da comunicação, além de religiosos interessados pelo tema.

“Um mutirão, como a própria palavra diz trata-se de uma experiência de fazer junto, em unidade, em prol de uma causa e nossa causa aqui é construir pontes através da comunicação e o Muticom é uma experiência de Deus e de comunhão entre as pessoas por isso é importante”, afirmou dom Washington Cruz, arcebispo metropolitano de Goiânia, que deu as boas-vindas aos participantes. “A expectativa é que seja um grande evento de mobilização”, completou dom Joaquim Giovani Mol, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Coordenador desta edição, o padre Vitor Simão destacou a representatividade do evento, que reúne participantes de pastorais de todo o país, além da ampliação do conteúdo, com o oferecimento de workshops.

Reitor da PUC Goiás, universidade que apoia o evento nesta edição, o professor Wolmir Amado reforçou a alegria da instituição em participar ativamente do mutirão, com a participação de professores, estudantes e pesquisadores como ouvintes e palestrantes. “Somos uma instituição que tem consigo uma experiência de formar comunicadores, que tem uma Escola de Comunicação e também uma emissora de televisão, mas o que nos engrandece hoje é, sobretudo, essa partilha de experiências, seja como palestrante ou como participantes, todos estamos engajados num trabalho de comunicação”, refletiu.

Midiatização em pauta

Na primeira conferência do evento, que segue até domingo, 21, o jornalista, professor e pesquisador Moisés Sbardelotto trouxe para discussão os desafios que enfrentamos em uma sociedade midiatizada, onde nosso dia a dia é configurado e afetado pelas interferências das diferentes mídias que nos cercam hoje, mais do que nunca. “É um desafio que precisamos refletir: do nosso papel enquanto comunicadores e do papel da Igreja enquanto comunicadora, nesse contexto de ruptura do tecido social, de ódio, de agressividade, de polaridade e preconceito”, provocou.

“Há abundância de informação, mas a transformamos [hoje, enquanto sociedade]em escassez”, lamentou. Por conta disso, o pesquisador lembrou a importância da atuação responsável para a comunicação, voltada para a diversidade e para o bem e não para a exclusão. Nisso, o entendimento do evangelho poderia ser não só desejada como necessária. Surge, daí, uma comunicação cristã para a transformação e a libertação e não para a alienação e o ódio.

A programação segue nesta sexta-feira, na Cidade da Comunhão, e inclui conferência do reitor Wolmir Amado, às 14h30.

Com informações da Arquidiocese de Goiânia.