Missa de Sétimo Dia relembra legado de dom Antonio

Bispos, padres, religiosos, familiares, amigos e fieis prestigiaram na última segunda-feira, 6, a Missa de Sétima Dia do arcebispo emérito de Goiânia, dom Antonio Ribeiro de Oliveira, falecido no dia 28 de fevereiro, em função de um infarto fulminante. Durante a homilia, o arcebispo metropolitano, dom Washinton Cruz, que presidiu a cerimônia na Catedral, destacou a missão do religioso, ao longo de sua vida pastoral. “A justiça social, o amor aos pobres e o santuário do irmão eram objeto constante das pregações de dom Antonio. A sua voz se calou na morte, mas a voz de Jesus não passará, ela ressoará até o fim dos tempos”, declarou.

Na ocasião, os familiares e amigos receberam o carinho fraterno do arcebispo, que conduziu uma homenagem ao final da cerimônia, convidando a todos os padres e bispos presentes a cantarem uma Salve Rainha, aos pés da imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, na cripta da Catedral, onde dom Antonio foi sepultado, no último dia 2 de março.

Um comunicado do papa Francisco enviado à Arquidiocese de Goiânia, redigido pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, foi socializado com a comunidade ao final da celebração:“ o santo padre deseja exprimir sentidas condolências à família e a quantos beneficiaram do seu serviço pastoral, particularmente, nesta Arquidiocese de Goiânia, e assegurar que se une espiritualmente a todos para confiar ao amor do Pai Celeste este fiel e zeloso servidor da Igreja, que modelou sua vida e ministério pela figura do bom pastor, dando sua vida pelo rebanho”. O papa também concedeu aos fieis, por meio do documento, sua benção apostólica, extensiva a todos que participaram das celebrações exequiais.

Comunidade acadêmica
A missa também foi prestigiada por membros da Reitoria, professores e funcionários da PUC Goiás. De acordo com a vice-reitora da instituição, profa. Olga Ronchi, a cerimônia é um momento importante de celebração e de memória da história de dom Antonio, um missionário não só da igreja arquidiocesana, mas  do Brasil.

“Ele teve uma participação muito importante, especialmente, na década de 80 e 90, no pastoreio firme que conduziu a Arquidiocese de Goiânia ,com herança de dom Fernando, especialmente na linha daquilo que é a missão fundamental da nossa instituição, portanto, uma marca, uma identidade, uma missão própria no que diz respeito às suas posturas diante das urgências sociais e desafios postos para consolidação da democracia brasileira”, afirmou. A gestora também destacou sua conduta “serena, firme e segura”, no sentido de construir uma Igreja comprometida com os pobres e excluídos, identidade originária da PUC Goiás, que foi fortalecida por essa orientação pastoral.

Testemunho da família
Para os familiares, em especial, os sobrinhos, o religioso foi um pai autêntico, além de ser uma mão generosa nos momentos difíceis. Margarida Ribeiro, sobrinha, lembrou da época em que ficou viúva e foi amparada por dom Antonio. “Ele me fez acreditar na ressurreição naquele momento de angústia. E, agora, eu tenho certeza de que ele está no melhor lugar, porque merece estar ao lado de Deus. Ele foi um evangelizador no sentido real da palavra, um representante de Cristo. Acredito que a Igreja não perdeu, ela está ganhando, porque tenho certeza de que ele será um intercessor por todos nós”, afirmou.

A afilhada e, também, sobrinha Maria da Piedade, relembrou o amor fraternal que ele dedicava a todos, sem distinção. “Minha mensagem sobre a vida dele é de amor, a consideração, a harmonia e a fé em Deus que ele pregava. Caí no colo dele várias vezes e ele sempre achava um caminho, nos bons e maus momentos”, lembrou.


Fotos: Ana Paula Abrão