Mestrado em Direito Canônico é aberto em Goiânia

A Associação Dom Antônio Ribeiro de Oliveira, mantenedora do Instituto Superior de Direito Canônico, criados pela Arquidiocese de Goiânia, e o Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro, assinaram nesta quarta-feira, 2, convênio referente à implantação do primeiro Mestrado em Direito Canônico da região Centro-Oeste, cujas aulas iniciaram nesta semana. Composto por 32 discentes, entre eles, padres, diáconos, religiosos e leigos, o curso de pós-graduação tem a duração de três anos, é reconhecido pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma) e as aulas são ministradas no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), em Goiânia.

O convênio foi assinado pelo cardeal arcebispo dom Orani Tempesta e pelo arcebispo metropolitano, dom Washington Cruz, durante a solenidade de abertura das atividades da Associação e do Mestrado, no CPDF, que reuniu representantes da Arquidiocese de Goiânia, Rio de Janeiro e Brasília, dioceses de Ipameri e Itumbiara, Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz e Seminário Maior Arquidiocesano São João Maria Vianney. A PUC Goiás foi representada pelo reitor da instituição, prof. Wolmir Amado.

O cardeal, que também é chanceler do Pontifício Instituto -extensão da Pontifícia Universidade Gregoriana no Brasil – ressaltou que o curso surgiu da necessidade do aprofundamento do Direito Canônico no mistério da Igreja. Em Goiânia, a ideia da criação desse mestrado partiu dos bispos do Centro-Oeste, após um extenso período de consultas e estudos junto a universidades da área para sua posterior criação.  Na solenidade, o corpo docente do Mestrado foi apresentado à comunidade goianiense, composto por bispos, padres e leigos de diversas regiões do País, com o título de doutores e mestres.

Coordenador do Mestrado em Goiânia, o padre Cristiano Faria, explicou que o curso é uma proposta de formação da Igreja Católica para as pessoas que, de alguma forma, necessitam trabalhar na área de Direito Canônico nas dioceses espalhadas pelo Centro-oeste. Os mestres estarão habilitados para atuar como peritos nos tribunais ou câmaras eclesiásticas, demanda que aumentou nos últimos anos devido ao pedido do papa Francisco para uma maior agilidade nos processos de nulidade matrimonial.

Dom Washington Cruz ressaltou o pioneirismo da iniciativa, por ser o primeiro curso criado no Centro-Oeste. “É um motivo de santo orgulho e agradecemos a Deus por nos ter dado essa oportunidade. É uma iniciativa que não pode terminar nunca, temos que formar professores e pessoas com o título de mestre e doutor, para que possam trabalhar nos tribunais eclesiásticos”, declarou. O curso tem como público-alvo, clérigos, religiosos e leigos graduados em Teologia ou Direito. A previsão é que a segunda turma seja aberta em fevereiro de 2019.

Fotos: Wagmar Alves