Mais pesquisa, mais ciência

Com mais de 500 alunos na Iniciação Científica e com o desafio de ampliar sua contribuição na área da pesquisa em Goiás e no Brasil, a PUC Goiás inicia novos 366 projetos de pesquisa a partir do segundo semestre deste ano. Nesta entrevista para o PUC Notícias, a professora Priscila Valverde, coordenadora de pesquisa da universidade, traça um perfil dos jovens pesquisadores, fala da importância da pesquisa para suas vidas acadêmicas e profissionais e sobre o desafio de contribuírem para a construção de uma ciência nacional mais forte.

Qual a importância da pesquisa para a graduação?
A pesquisa é um instrumento importante para a graduação uma vez que possibilita ao estudante o conhecimento e o contato com o método científico. A pesquisa para aqueles que desejam seguir carreira acadêmica é fundamental, pois a pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) é fundamentada na pesquisa científica. Para aqueles que desejam atuar no mercado de trabalho e não seguir a carreira acadêmica, a pesquisa propicia o contato com estratégias de busca de conhecimento científico para que o profissional mantenha-se atualizado e conectado com as mudanças de sua profissão.

E quando o estudante deve começar a pesquisar?
A iniciação científica é uma forma de inserir o estudante no mundo da pesquisa. Por meio da iniciação científica, o estudante tem contato com todas as etapas do método científico, desde a elaboração do trabalho, coleta e sistematização dos dados até a elaboração da produção científica (artigos, trabalhos em congressos, etc).

O que a iniciação científica significa hoje para a PUC Goiás e para a comunidade universitária?
A PUC Goiás tem 529 estudantes nas quatro modalidades de iniciação científica. Cada estudante tem um professor orientador que pode envolver diversos outros professores e estudantes de graduação, mestrado e doutorado.

Como tornar um projeto de iniciação científica em algo que ultrapasse a graduação e ganhe espaço em outros níveis?
O plano de trabalho de iniciação científica faz parte de um projeto mais amplo do professor que pode envolver outros níveis. Estudantes de iniciação científica podem continuar a linha de pesquisa abordada em seu plano de trabalho para os seus projetos de mestrado e doutorado e também para a vida acadêmica. Portanto, recomenda-se que o estudante escolha um professor que pesquise sobre um assunto que ele tem interesse e afinidade.

Quais as habilidades e qualidades necessárias para o jovem pesquisador?
Para um jovem pesquisador é necessário muita leitura, escrita, conhecimento da língua inglesa e de ferramentas de busca de produtos científicos. Essas habilidades podem ser desenvolvidas e maximizadas durante a iniciação científica.

Qual a relação de Goiás e do Brasil com outros centros de pesquisa? Como avançar na interrelação e nas pesquisas compartilhadas?
O Brasil apresenta importantes relações com outros países na realização de pesquisas científicas. Goiás também tem avançado com parcerias importantes. Para avançar nessa colaboração é necessário o estabelecimento de parcerias com instituições com a elaboração de projetos conjuntos, rompendo as barreiras geográficas e da língua e permitindo o avanço global da ciência. A PUC Goiás mantém parcerias com vários pesquisadores de outros países.

Como a senhora vê o trabalho das agências de fomento de pesquisa? Há um avanço no apoio do setor?
As agências de fomento de pesquisa são fundamentais para a concretização dos projetos de pesquisa. É por meio das agências que os pesquisadores podem obter recursos humanos e materiais, permanentes e de consumo para transformar as ideias em ações. Somente com financiamento é possível a consolidação dos grupos de pesquisa, a criação de novos grupos e o crescimento da instituição e do país, no que se refere ao desenvolvimento científico e tecnológico. A nação brasileira precisa investir muito em ciência, tecnologia e inovação e as universidades são importantes para o avanço do conhecimento.