Letras realiza evento sobre ecolinguística

O curso de Letras, da Escola de Formação de Professores e Humanidades da PUC Goiás, realizou na noite desta sexta-feira, 06, o I Simpósio de Estudos Ecolinguísticos. A iniciativa teve a participação do pesquisador Hildo Honório do Couto, da Universidade de Brasília (UnB), considerado o “pai” desse ramo de estudos no Brasil, conceituado como a análise das relações entra a língua e o meio-ambiente. Ele falou aos graduandos no auditório da Escola, no Setor Universitário.

A profa. Divina Pinto Paiva, uma das organizadoras do simpósio, explica o evento surgiu a partir da sugestão de um grupo de alunos. Eles conheceram os estudos sobre ecolinguística durante estadia na capital federal. A docente agradeceu aos estudantes pelo empenho e se disse feliz com a iniciativa.

Eixo Goiânia-Brasília

O pesquisador da UnB é o autor do primeiro livro em língua portuguesa sobre ecolinguística – Ecolinguística: estudo das relações entre língua e meio-ambiente. Durante a palestra, Couto explicou o que é esse ramo de estudos e quais as possibilidades de pesquisa, que são amplas. “Uma das direções da pesquisa é olhar como falamos do meio ambiente. Inclusive existe uma hipótese de que o modo em que falamos sobre ele direciona como o tratamos”, exemplifica.

De acordo com o pesquisador, no Brasil, há uma espécie de eixo de estudos centrado em Goiânia, com sua esposa, Elza Kioko do Couto, do Núcleo de Estudos de Ecolinguística e Imaginário (Nelim); e em Brasília, com suas pesquisas.

Orientando de Hildo, o doutorando em linguística Genis Frederico Schamltz, explicou aos alunos sobre as possibilidades de pesquisa na área. Hoje, ele estuda como o espaço interfere na comunicação entre as pessoas, focado no Vale do Amanhecer, comunidade religiosa fundada em Brasília. “É um campo muito amplo. A gente costuma falar que a ecolinguística é a teoria do todo. Vamos mostrar outro lado da Letras que ainda é pouco explorado”, disse.


Fotos: Ana Paula Abrão