Jornada resgata tradições goianas

Uma visita ao passado e às tradições é uma das atrações mais queridas da Jornada da Cidadania. Durante os três dias de programação, de 24 a 26 de maio, milhares de pessoas visitaram o Memorial do Cerrado e a Estação dos Povos do Cerrado, com resgate da memória rural de Goiás e dos goianos.

No fogão a lenha, em uma das casas da Vila Cenográfica Santa Luzia, Elza Helena foi uma das responsáveis pelo café servido aos visitantes. Na beira do fogo, ela contava as histórias da infância, da fazenda onde vivia os pais e do jeito simples com que a vida era conduzida no campo. A casa e a comunhão do momento atraíam as pessoas, que se lembravam de antepassados e até de momentos vividos no passado.

Na Capela Santa Luzia, dona Hozana Francisca Rios estava junto com o grupo da Associação dos Idosos do Brasil e, entre as músicas das amigas, fiava o cardo. Com 88 anos, ela aprendeu a fiar ainda com 7 anos, no Mato Grosso, com a mãe. Hoje a tradição já foi passada para os filhos e, em eventos, é apresentada para o público, que nem sempre conhecem parte da arte da tecelagem.

Para a auxiliar de serviços gerais, Lúcia Barbosa Farias, que visitou a Jornada da Cidadania pela primeira vez, o Memorial do Cerrado é a parte mais bonita da programação. “É a primeira vez que venho e me senti recompensada por tantas coisas boas que pude ver, a natureza preservada e os costumes relembrados”.  Na programação, o público conferiu a vila cenográfica com casas antigas e as réplicas de uma aldeia indígena e de um quilombo. Nos locais, artistas da Coordenação de Arte e Cultura da PUC Goiás reproduziam os personagens que habitam a imaginação das cidades antigas, do padre ao mendigo. E ainda foram realizadas oficinas de rapadura, cachaça e tapioca, onde o público participou de degustação todos os dias.