Integrada à rede de Cidadania Digital, universidade recebe prof. Massimo Di Felice

O netativismo é um conceito atual que trouxe para as Ciências Humanas e Sociais uma reflexão sobre novas formas de ação, que envolvem manifestações políticas das diversas populações na internet e como elas impactam a sociedade. Lembrando a Primavera Árabe, onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte da África em 2010, quando a população foi às ruas para reivindicar melhores condições de vida, o professor italiano Massimo Di Felice, professor da Escola de Comunicação e Artes da USP, autoridade mundial neste tema, partilhou suas pesquisas na área de Cidadania Digital com docentes da Escola de Comunicação e da extensão da PUC Goiás, na manhã desta sexta-feira, 31, na Sociedade Goiana de Cultura (SGC).

“É uma passagem importante que estamos percorrendo: as tecnologias digitais que possibilitam novas formas de participação direta. Estamos em uma fase que vai nos possibilitar, de fato, uma transição da dimensão de protesto a uma organização de governança colaborativa via tecnologia e inteligências automatizadas”, analisou o professor.

O motiva da visita do docente é que a PUC Goiás integra uma rede mundial de Cidadania Digital, que agrega universidades da Itália, Portugal e Brasil com o objetivo de promover os Direitos Humanos. “Hoje temos um projeto de pesquisa cadastrado na extensão e na Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da universidade e a vinda do professor Massimo formaliza um pouco mais essa parceria e nos ajuda a entender como a PUC vai colaborar para a consolidação das propostas de cidadania digital”, explicou a coordenadora do Programa de Direitos Humanos da universidade, profa. Núbia da Cunha Simão.

A iniciativa de integrar à rede nasceu de um eixo de trabalho do PDH na área de Educação e Direitos Humanos, por meio de um grupo de estudos com voluntários que, neste ano, estuda e investiga o tema da Cidadania Digital e Políticas Públicas. “É um conceito reconhecido internacionalmente e que abarca indígenas, pessoas em situação de vulnerabilidade e população de rua e como esses indivíduos se organizam e se manifestam pela internet”, pontuou a professora. O PDH desenvolve trabalhos nesta área com pessoas em situação de rua, com indígenas do Xingu, entre outras atividades que envolvem o público-alvo do projeto.

Fotos: Wagmar Alves