I Workshop de Nutrição discute as diversas dimensões da sustentabilidade

Um evento que vai ao encontro do estágio de capacitação prática e especializada, de forma a mostrar os resultados obtidos durante o semestre e, ao mesmo tempo, trazer profissionais que discutam sobre o papel do nutricionista nas diversas dimensões da sustentabilidade. Esse é o contexto do I Workshop do Curso de Nutrição da PUC Goiás, que ocorre nesta sexta-feira, 7, no auditório da Área 4 (Praça Universitária).

No turno matutino, a programação foi aberta com palestra da profa. Veruska Prado, do curso de Nutrição da UFG, que abordou sobre o tema central do evento juntamente aos estudantes. Ela também discutiu sobre alimentação escolar, agricultura familiar e a relevância da compreensão sobre a cadeia produtiva do alimento e se esse caminho é oriundo de práticas adequadas, que não são fruto de trabalho escravo e/ou infantil, por exemplo. Dessa forma, a dimensão da sustentabilidade vai além do meio ambiente, perpassando áreas como a cultura e justiça social.

Dentro do mesmo contexto, a pesquisadora citou a Lei 11.947, do Programa Nacional de Alimentação Escolar, que incentiva uma alimentação saudável e adequada no processo de ensino aprendizagem. Esse documento determina que, no mínimo 30% dos recursos do governo federal destinados aos estados e municípios, sejam oriundos da agricultura familiar. “Os produtores familiares estão mais próximos das escolas, conectados com os municípios. E a prática de consumir da agricultura familiar gera renda. Além de comprar um produto local, são alimentos frescos que geram um menor impacto no meio ambiente e no sistema de produção”, analisou a docente.

A coordenadora do curso de Nutrição, profa. Daniela Almeia, informou que, nos próximos anos, serão realizadas outras edições do workshop para dar visibilidade às práticas dos estudantes em CMEIs, que aliam a biodiversidade na alimentação escolar em suas atividades de estágio desenvolvidas no 5º período do curso. A docente Nair Augusta Almeida, que também está na coordenação do evento, avalia que é necessário mudar as concepções atuais, de forma que as pessoas possam consumir alimentos e evitar o desperdício.

“O importante é que os acadêmicos vão passar a ser líderes de opinião no âmbito profissional e reportar para as instituições educacionais. Focamos muito a questão da alimentação saudável, do campo a mesa. Para além da questão da sustentabilidade ambiental, devemos pensar na sustentabilidade social”, complementou.



Fotos: Wagmar Alves