Futuras professoras aprendem sobre autismo

A coordenação do Programa de Iniciação à Docência (Pibid/PUC Goiás) realizou nesta sexta-feira, 9, encontro formativo para discussão e reflexão sobre o espectro de autismo. O transtorno do neurodesenvolvimento infantil é caracterizado por dificuldades na interação social, comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos, além de poder  apresentar também sensibilidades sensoriais.

Realizado no Miniauditório da Escola de Formação de Professores e Humanidades, o evento reuniu bolsistas do Pibid, supervisores e coordenadores do Programa. Palestrante do dia, dra. Ana Beatriz Machado de Freitas, do Instituto Federal de Goiás, falou sobre a inclusão e o papel dos professores no atendimento aos alunos com espectro de autismo.

Doutora em Educação pela PUC Goiás, Ana Beatriz explicou para o público a importância de usar ferramentas pedagógicas para a inclusão do aluno na escola. “A professora tendo conhecimento, ela pode ser uma mediadora junto à família para o diagnóstico, mas, o mais importante que a gente reforça, o papel da escola é acolher qualquer aluno. O diagnóstico é importante para uma orientação do que será feito”, explicou.

O desafio em sala de aula é permitir a socialização e ampliar a capacidade de comunicação. Além disso, o aluno com espectro autista te dificuldade com quebras de rotina. “O professor tendo mais atenção, vai trabalhar mais estes aspectos e facilitar a inclusão em sala de aula”, afirmou Ana Beatriz.

Conforme pesquisa do governo dos Estados Unidos, os casos de autismo subiram para 1 em cada 68 crianças com 8 anos de idade — o equivalente a 1,47%. Ainda não existem estatísticas no Brasil sobre a incidência, mas os casos já se tornam corriqueiros nas escolas públicas de Goiânia. Para a aluna e bolsista do Pibid, Anna Cláudia Gomes Lopes, a formação é importante para quem já está em sala de aula. “É preciso saber preparar as aulas, lidar com as diferenças e a inclusão também”.

A realidade dos cerca de 80 bolsitas do Pibid incentivou a organização do encontro formativo na rede municipal de educação. Segundo a professora Sylvana Bernardi Noleto, coordenadora de área do programa do subprojeto da Pedagogia, o foco do programa é a formação inicial dos professores, no momento em que estão se formando em licenciatura.

Com reuniões e encontros periódicos, cada grupo traz processos e questões levantadas durante a incursão em sala de aula. “Temos observado, cada vez mais, a inclusão de crianças com síndromes, transtornos, várias necessidades especiais nas escolas. Queremos que as escolas públicas municipais atenda, nas mais variadas necessidades especiais, olhar para a diversidade, não só na inclusão das crianças com necessidades especiais, mas de todas”.


Fotos: Weslley Cruz