Formação voltada para trabalho no SUS apresenta resultados

Voltado para a formação de trabalhadores que vão atuar no Sistema Único de Saúde (SUS), o programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde GraduaSUS ) realizou na tarde desta quarta-feira, 21, a apresentação dos resultados de seus dois anos de ações em unidades de Goiânia. Desde 2016, o projeto mobilizou alunos e professores de cinco cursos da PUC Goiás: Enfermagem, Nutrição, Fonoaudiologia, Fisioterapia e Medicina, que participaram do encontro, ocorrido no Auditório D2 da Área 2, na Praça Universitária.

Os estudantes partilharam suas experiências por meio de oficinas realizadas ao longo da tarde e falaram dos objetivos, dificuldades, facilidades e da produção acadêmica resultante do PET-Saúde. Profissionais da rede municipal de saúde marcaram presença e conheceram mais sobre as atividades realizadas nos seus locais de trabalho.

Ao todo, 12 professores – 10 bolsistas e dois voluntários – foram tutores dos acadêmicos durante os dois anos de atividades do PET-Saúde.  Já 14 alunos de graduação se envolveram com o PET-Saúde: cinco da Enfermagem, três da Medicina, dois da Nutrição, dois de Fonoaudiologia e dois Fisioterapia.

Fruto de financiamento do Ministério da Saúde, a parceria denominada de ensino-serviço-comunidade visa formar trabalhadores para a atuação no SUS e, ao mesmo tempo, contribuir para a adequação dos currículos a essas demandas.

“A proposta é que o aluno conheça a realidade do serviço de saúde e que ele possa integrar os conhecimentos da teoria com a prática de forma bem precoce da formação. Ele vai ter a percepção bem mais ampliada das reais necessidades da população e pode construir projetos de intervenção sustentáveis”, ressalta a profa. Silvia Toledo, que coordenou o grupo tutorial da Enfermagem.

Representante da Escola Municipal de Saúde Pública (EMSP) da prefeitura de Goiânia, que coordena o programa, a socióloga Márcia Ramos, apresentou durante o encontro as ações e os resultados do PET-Saúde. Ela ressaltou as contribuições da iniciativa para discussões dos currículos dos cursos de saúde. “A universidade já está discutindo mudanças curriculares a partir de muitas contribuições do PET. Queremos profissionais de saúde mais afinados com o SUS”, diz, informando que o programa encerra em abril, mas há a intenção de dar prosseguimento ao trabalho.

Experiência

Aluna de Nutrição, Rafaella Batista, 19 anos, foi a caçula do PET-Saúde: entrou no primeiro de curso, de olho nas oportunidades que a universidade proporciona. “Me aconselharam a participar das atividades e eu resolvi me inscrever”, recorda.

Em dois anos, ela passou por seis espaços de saúde de Goiânia: de maternidades a locais de atendimento à família. “Elaboramos atividades para contribuir com o trabalho e com a nossa formação. Ainda não tinha bagagem e acabei conhecendo na prática só para depois fazer a relação com a teoria”, observa ela, ressaltando a importância da experiência para sua trajetória como estudante e futura nutricionista.

Fotos: Wagmar Alves