Família se despede de dom Antonio

A vida religiosa de dom Antonio nunca o afastou da família. Natural de Orizona, Goiás, ele era filho de José Ribeiro Oliveira e Luíza Marcelina de Castro, que o inspiraram em sua vida religiosa. Foram quase sete décadas desde a ordenação, em 1949, sempre acompanhado pelos irmãos, sobrinhos e primos, com quem mantinha relação muito próxima e de cuidado constante.
Entre os presentes às últimas homenagens a dom Antonio, o irmão caçula Afonso Ribeiro Oliveira lembrou o religioso como um pai. Além de Afonso, o arcebispo ainda tem três irmãs vivas, duas delas dedicadas à vocação religiosa. “Ele era uma pessoa muito especial. Essa é uma enorme perda para a Igreja Católica, mas também para toda a nossa família. A fé dele era muito grande, então, acho que isso fez dele uma pessoa tão boa, tão caridosa, com uma presença muito marcante”, afirmou.
Nas festas de família e nas cerimônias de batismo, crisma e casamento, ele fazia questão de ser o celebrante e tornava especial todas as consagrações da igreja. “Dom Antonio foi muito família”, lembra Antônio Almeida, sobrinho do arcebispo. Há 13 anos, a família Ribeiro Oliveira reúne o clã todos os anos e o arcebispo era presença confirmada e alegre durante as festas. “Ele exercia seu ministério com paixão, mas não esquecia a família. A casa dele foi a casa da família. Foi essa ponte para todos como um esteio, um orientador, um conselheiro. Deixa um vazio grande, porque ele de fato foi uma referência forte de orientação da espiritualidade como da inspiração para o laço da amizade”, disse o sobrinho durante homenagem ao falecido.