Escolas inauguram espaços de aprendizagem participativa

Tendência mundial na educação, a sala de aula invertida é o espaço onde o professor circula entre os estudantes e é um facilitador no processo ensino-aprendizagem. Com o auxílio de mídias digitais, alunos reunidos em mesas circulares resolvem os exercícios propostos, discutem entre si a questão problema e verificam o gabarito na aula para checar os acertos e erros. Dentro dessa concepção didática, a Escola de Ciências Médicas, Farmacêuticas e Biomédicas e a Escola de Engenharia inauguraram nesta sexta-feira, 4, suas respectivas salas de metodologias ativas, situadas, nas Áreas 4 e 3, respectivamente.

Vice-reitora da instituição, a profa. Olga Ronchi ressaltou que um dos pilares do projeto pedagógico da PUC Goiás é o educador Paulo Freire, que  nas décadas de 60 e 70 do século XX, já trabalhava os paradigmas de ensino-aprendizagem participativos. E neste momento, outros cursos, além daqueles diretamente ligados à Educação, entendem a relevância da metodologia ativa e criam novos espaços que possam induzir essa visão inovadora do ensino. O professor já não  se posiciona mais à frente na sala, as cadeiras não ficam enfileiradas e as novas tecnologias são utilizadas para estimular a interação com os colegas e a construção do conhecimento.

“Ela vem somar ao esforço desta universidade para fazer com que seu projeto pedagógico institucional e os projetos pedagógicos das escolas tenham fundamento nesse grande educador brasileiro. É mais do que ativa, ela faz com que o aluno não seja objeto, como também sujeito de aprendizagem”, refletiu a gestora.

Essas mudanças vieram ao encontro da recente transição organizacional na universidade que, de departamentos, passou a ser constituída por escolas, estimulando a interdisciplinaridade e novos olhares para o processo ensino-aprendizagem. Diretor da Escola de Ciências Médicas, Farmacêuticas e Biomédicas, o prof. Wilson de Melo Cruvinel, observou a mudança de concepção dentro da própria escola, saindo de um modelo verticalizado para uma construção coletiva, que não restringe ao ensino, como também estende para a pesquisa e extensão.

Coordenadora do curso de Medicina, a profa. Luciana Pineli, observou que o modelo vai ao encontro das aspirações das novas gerações. “Elas gostam de aprender e não querem mais sofrer com a aprendizagem, então precisamos fazer atividades que sejam práticas motivadoras, para que o aluno estude em casa o conteúdo e possa exercitar, em sala, o que foi estudado antes”, afirmou.

Todas essas mudanças, em breve, também serão uma exigência das diretrizes curriculares nacionais aos cursos, como observa o diretor da Escola de Engenharia, pof. Fabio Simões. “Já antecipamos essas questões e a sala de aula invertida é um modelo do presente. A grande mudança é o foco, que passa a ser no estudante. Nesses ambientes mais adequados, a transmissão do conhecimento se faz por meio de outras mídias. É uma semente, uma quebra de paradigma, que tem um bom tempo para ser absorvida entre os professores”, complementou.

Os dois espaços, nas Áreas 3 e 4, foram visitados pela Reitoria da instituição. O reitor Wolmir Amado, a vice-reitora Olga Ronchi, e os pró-reitores de Graduação, Administração, Pós-Graduação e Pesquisa, Comunicação e Desenvolvimento Institucional prestigiaram a abertura das atividades nas salas e conversaram com acadêmicos e docentes.

Fotos: Wagmar Alves