De portas abertas para o ensino médio

Divulgar as oportunidades de ingresso no ensino superior para um público que vê o ensino médio como um fim ou que desconhece as oportunidades de bolsa que a instituição proporciona. Por meio do projeto PUC abre as portas, a Comissão de Admissão Discente (CAD) da PUC Goiás tem aproximado, nos últimos anos, das escolas da rede pública, situadas em Goiânia, Aparecida, Bonfinópolis e Senador Canedo, para divulgar os cursos de graduação oferecidos pelo Vestibular Social. Essa iniciativa conta com a participação de docentes e acadêmicos das escolas da instituição, que ministram palestras para turmas específicas ou participam com pesquisas e projetos nas feiras científicas dos colégios.

“A grande queixa dos educadores da escola pública é que o aluno vai direto para o mercado de trabalho, sem passar por uma formação. Os alunos, muitas vezes, desconhecem as oportunidades e levamos acadêmicos bolsistas para mostrar que o ingresso e a permanência no ensino superior são uma realidade possível”, explica a coordenadora do projeto, profa. Thelma Perini. Devido a essa demanda, os professores da rede pública são parceiros da ação, incentivando suas turmas a ter uma perspectiva melhor de futuro.

Segundo a coordenadora do projeto, as ações nas escolas dependem das demandas pontuadas pelos diretores, coordenadores pedagógicos e professores da rede. Em algumas são realizadas palestras sobre orientação vocacional ou temas contemporâneos, divulgação específica do Vestibular Social, atividades com ligas acadêmicas ou até mesmo a exposição de projetos e experimentos realizados por acadêmicos e docentes da graduação, de forma que os jovens tenham um contato mais prático sobre o que é a universidade. As visitas para esse público são intensificadas nas semanas anteriores ao Vestibular Social e são disponibilizadas provas de processos anteriores que podem ser aplicadas como simulado.

Na rede pública, outro perfil de público alcançado é aquele oriundo da educação de jovens e adultos. “São pessoas mais maduras que, por algum movimento na família, seja por dificuldades financeiras ou porque se casaram muito jovens, ingressaram no mercado de trabalho muito cedo e, depois de um tempo, compreenderam que é necessário voltar a estudar”, analisa a profa. Thelma. Para alcançar esses estudantes, as visitas são realizadas no turno noturno. “É um trabalho que tem gerado resultados muito positivos. São alunos que ingressam nas licenciaturas ou nos cursos da Escola de Negócios”, observa.

Atualmente, a CAD acompanha 150 escolas, que oferecem o ensino médio, da rede pública e privada. Nos colégios particulares, o trabalho segue o mesmo formato de visitas, todavia a divulgação é adaptada para os vestibulares convencionais, pelo perfil do público.

Neste ano, a Comissão também intensifica visitas em escolas nas proximidades do Câmpus II da instituição, no Jardim Mariliza, devido ao aumento da oferta de cursos no local, como os recém-implantados cursos de Agronomia e Medicina Veterinária, além de novidades que contemplam o bacharelado em Direito (Vestibular Social) e em Educação Física, o curso de Biologia que foi transferido para o câmpus para integrar a Escola de Ciências Agrárias e Biológicas, sem mencionar nas outras graduações que já funcionavam por lá.
Além de visitar as escolas, as portas na instituição também estão abertas para receber turmas do ensino médio, para realizar visitas técnicas ou aulas nos laboratórios dos cursos. Outra oportunidade para conhecer a PUC é a participação na Jornada da Cidadania, que ocorre anualmente, no mês de maio. Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas na CAD, pelos telefones 3946-1058/1575.

Educação semeia talentos

A professora de Biologia do Colégio Estadual Onofre Quinan , Lauriane de Lourenço, é egressa da universidade e, no início deste mês, teve a oportunidade de lecionar, durante um turno de aula, o conteúdo de sua disciplina nos laboratórios Morfofuncional e de Anatomia, que atendem os cursos da área da Saúde na Área 5 (Setor Universitário). Apenas dessa escola, a universidade possui seis acadêmicos bolsistas matriculados no curso de Biologia. “Como foram alunos de escola pública e ingressam numa universidade deste porte, com o futuro já traçado, é o que me dá forças para continuar na missão, porque sei que a educação rende muitos frutos”, declarou a professora.

 

Fotos: Jota Junior