Curso de Medicina organiza 1° Fórum de Extensão

Buscando divulgar para a comunidade acadêmica os trabalhos extensionistas realizados pelos alunos ao longo do curso de Medicina, o 1° Fórum de Extensão contou com a participação de graduandos do 1° ao 8° período, comunidades e ligas acadêmicas.

O evento ocorreu na terça-feira, 06, no auditório da Área IV, onde foi possível integralizar saberes fundamentais para a formação dos futuros profissionais de saúde.

As Comunidades Compassivas, movimento social que está em processo de implementação em Goiânia, foram amplamente debatidas na abertura do Fórum como uma oportunidade de conectar as atividades de extensão com ações comunitárias em locais de extrema vulnerabilidade.

O objetivo da ação se concentra em atividades realizadas por instituições de ensino e órgãos de saúde pública nas periferias da cidade, contando com a colaboração dos moradores para a promoção de cuidados paliativos e atenção ao tratamento de doenças que ameaçam a continuidade da vida.

Denise Milioli Ferreira, coordenadora do curso, comentou sobre a importância do enquadramento do Fórum na grade curricular dos alunos e a participação das Comunidades Compassivas. “É uma oportunidade dos nossos alunos atuarem no diagnóstico de doenças ameaçadoras de vida e no auxílio a esses pacientes com o objetivo de dar dignidade a eles. Nós apresentamos essa iniciativa para que os alunos também fizessem a extensão nessas comunidades”, afirma.

 

Trabalho premiado

O trabalho “Toda mulher merece um batom na bolsa”, apresentado pelos alunos da 32° turma do módulo V que compõe o Programa Integrador de Competências (PIC), foi premiado em 1° lugar no evento. A atividade tem como estratégia incentivar o público feminino a conversar sobre autoestima e problemas psicológicos, abrindo o diálogo para que elas expressem suas dúvidas e busquem ajuda.

O projeto teve como base um caso colhido na comunidade, onde uma paciente de 28 anos apresentou um quadro de ansiedade, depressão e antecedentes de tentativa de suicídio. A ação foi realizada pelos alunos nos CSF Boa Vista, CSF Novo Planalto e CSF Vila Mutirão entre os dias 29 e 01 de junho, onde 69 mulheres participaram.

Em decorrência das análises, foram encontradas mulheres com dupla jornada de trabalho, mães, cuidadoras, profissionais da saúde e esposas que relataram estar precisando dessas conversas. Portanto, a ação se atentou em ouvi-las, entendê-las e orientá-las a respeito da importância do autocuidado e da promoção da saúde mental. Dessa forma, foi possível enxergar que o projeto é apenas o início de uma mudança que será possível vislumbrar na comunidade, com demanda de tempo e mais acessibilidade às mulheres que se encontram em uma situação semelhante ao caso estudado.

 

Texto: Juliano Cavalcante, estagiário da Dicom