Curso aborda regulação do Sistema Único de Saúde

Para debater o Sistema Único de Saúde e a regulação do setor, a Liga Acadêmica de Saúde Coletiva, com alunos da PUC Goiás e de outras universidades, realizou nova edição do curso de formação voltado para futuros candidatos da liga, estudantes de cursos da saúde, nesta quinta-feira, 7, no Auditório da Área 2. O tema foi SUS de portas abertas? A realidade de Goiânia e contou com a presença da secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, do professor Glaydsson Ferreira dos Santos,  que também é gestor na saúde, da acadêmica de Enfermagem e usuária do SUS, Débora Evelyn e outros profissionais da saúde.

Bastante contundente, Fátima, que também é professora na PUC Goiás, afirmou que a realidade atual mostra que é “difícil de se concretizar na beleza do que está no papel, mas podemos somar avanços, reflexões e amadurecimento, que já estão acontecendo em Goiânia”, afirmou ela. Entre os processos está iniciativas como a da Liga de discutir o SUS. “Iniciativa mais brilhante que pode acontecer. Os alunos entram no internato ou mesmo no nos  campos práticos, não têm noção como é o sistema de regulação e pode ver a realidade destorcida de como deve ser. Precisamos discutir os conceitos e levar para a prática. E o gestor precisa tornar o cenário de prática o que realmente está no papel”, refletiu ela.

Sobre o sistema de regulação, o professor e gestor público Gleydson de Melo falou par aos presentes sobre a importância de compreender a regulação e humanizar o processo. “O paciente chega à unidade e quer ser acolhido, quer resolutividade. Então precisamos ser mais do que um sistema de portas abertas, precisamos ser uma casa aberta”, falou ele. O caminho passa por investimentos, responsabilidades e políticas que efetivem o sistema.

Usuária e militante do SUS, a acadêmica de Enfermagem, Débora Evelyn, falou do quanto sentiu a diferença quando passou a atuar em uma unidade pública. “A participação é essencial para compreender as dificuldades e pensar em superá-las”, garantiu. O evento voltado para saúde é o primeiro passo para participar da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva. Presidente da Liga, Igor Siqueira, afirma que o trabalho do grupo é dividido em atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Capacitamos os membros e fazemos ações na comunidade através de campanhas e efetuamos a produção científica”.

Fotos: Weslley Cruz