Criadores expõem peixes ornamentais no Memorial do Cerrado

Cerca de 500 peixes ornamentais, das espécies Guppy, Betta, Espada, Killifish e Molinésia, todas exóticas de água doce, foram expostas ao público no Memorial do Cerrado (Câmpus II), no último final de semana, nos dias 24 e 25 de março, respectivamente. O evento, que teve o objetivo de divulgar o hobby do aquarismo à população, foi uma iniciativa da Confederação Nacional dos Criadores de Guppy, em parceria com o curso de Zootecnia da PUC Goiás. Pela primeira vez a universidade foi sede de um evento voltado para esta temática.

De acordo com o vice-presidente da Confederação, Michel Bruno, a ideia é aumentar a quantidade de criadores no Brasil, buscando o incentivo junto às universidades. Para isso, a associação promove encontros mensais, exposições em diversos lugares do País, leilões e competições. Os criadores, que são profissionais das mais diversas áreas, visam o melhoramento genético das espécies que cuidam.

“É diferente do peixe de corte, porque cada um requer um cuidado no manejo e na procriação. E quem quer ser um hobbista sem fins lucrativos tem que procurar a Confederação e se associar, para buscar informações pessoalmente”, pontuou. Michel, que possui atualmente cerca de 250 peixes, tem uma predileção pela espécie Guppy, em função de sua variabilidade genética. “A cada seis meses surge uma nova mutação”, observou.

Entre os criadores é notável a paixão pelos peixes. O médico Valter Ryfer, 66 anos, veio do Rio de Janeiro para conferir e observar as tecnologias utilizadas pelos colegas no cuidado com os animais, entre elas, o PH da água, alimentação dos peixes, plantas utilizadas no aquário, entre outros “segredos” que são fundamentais para o melhoramento genético deles. “Costumo dizer que é uma atividade que nos possibilita sonhar como criança. Além disso, precisamos conciliar essa paixão com nossas atividades laborativas e com a família, é claro”, afirmou o criador.

Charleston Chaves, que possui 140 aquários em casa e 14 linhagens de peixes, destacou o potencial que o hobby pode proporcionar: “os guppies existem na natureza, mas não com esse potencial genético que está nas mãos do criadores. E a ideia é essa mesmo, é o show, a exposição. E maior desafio é conciliar o genótipo com o fenótipo”, analisou.

Coordenador do curso de Zootecnia da PUC Goiás, o prof. Marlos Castanheira, prestigiou a exposição e incentivou a criação dos peixes ornamentais. “Não são animais de produção, mas  de companhia. A divulgação genética desses animais é de suma importância para que as pessoas tenham contato com esse tipo de criação e sintam a vontade de ter em casa. A Zootecnia tem um braço estendido para essa questão, já que é um animal de companhia e que melhora a qualidade de vida do ser humano”, avaliou.

 

>>> Mais informações sobre a criação de peixes ornamentais podem ser obtidas neste site:
http://ccg.org.br/


Fotos: Weslley Cruz