Com parceria da PUC, simpósio sobre Cerrado é aberto

Começou na noite desta quarta-feira, 05, o 21º Simpósio Ambientalista Brasileiro no Cerrado, promovido pela Sociedade Ambientalista Brasileira no Cerrado (SABC), com o apoio da PUC Goiás, de outras instituições de ensino superior e de órgãos públicos. A solenidade de abertura ocorreu no Auditório da Faculdade de Educação (FE) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e reuniu estudantes, pesquisadores, autoridades e comunidade. Nesta edição, o evento discute o tema Desenvolvimento Sustentável, Cidadania e Meio Ambiente.

A Expocerrado, feira com trabalhos exposição artísticas e culturais, além de produtos sustentáveis do Cerrado, comidas, artesanatos e outros, também foi aberta na Área 1 da universidade, onde a programação segue, nesta quinta-feira, 06. Estão programados minicursos e mesas-redondas.

O reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Amado, destacou a parceria histórica entre a instituição e a SABC, na realização do simpósio. Ele também pontuou que as discussões do evento antecipam o tema da Campanha da Fraternidade do próximo ano, que abordará os biomas. “Nossa participação vem ao encontro da encíclica Laudato Si’ (do Papa Francisco), sobre o cuidado com a mãe natureza. Com isso, vamos reafirmando nossa vocação comunitária e nosso compromisso ambiental e social”, frisou.

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Vice-presidente da SABC e pesquisador do Instituto do Trópico Subúmido da universidade, o prof. Harley Anderson de Souza, afirma que o simpósio evidencia a importância da preservação do Cerrado. “A destruição do bioma acontece em um ritmo acelerado. Nossa luta é para resgatar valores que o Cerrado ainda tem. Precisamos dele vivo e não morto, para servir como lenha e carvão”, ilustra.

Preservação e cidadania 

A pesquisadora da Embrapa Cerrado Fabiana de Gois Aquino ministrou a conferência da abertura, abordando o tema esta 21ª edição do simpósio. Ela abordou a preservação ecológica de áreas degradas e, em consequência disso, o retorno de serviços ecossistêmicos, funções de um sistema natural que gera benefícios diretos e indiretos para sociedade. Como exemplo, Fabiana cita a polinização – processo reprodutivo das flores que depende de animais para acontecer.

“Quando uma área está degradada, a gente perde esse tipo de serviço. Temos resultados iniciais de pesquisa que mostra como podemos restaurar um ambiente degradado, focando em áreas às margens dos rios, e como isso pode retornar, paulatinamente, os serviços ecossistêmicos”, explica. Para ela, é fundamental que o cidadão compreenda os benefícios dessa preservação e que isso gere mudanças de comportamento.