Colóquio discute políticas educacionais no Brasil

O futuro da educação no Brasil pautou a 12ª edição do Colóquio da Linha de Pesquisa Estado, Políticas e Instituições Educacionais, que começou nesta quinta-feira, 8, e termina amanhã, 9, no Auditório da Escola de Formação de Professores e Humanidades da PUC Goiás. A programação é realizada pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da Escola de Formação de Professores e Humanidades da PUC Goiás e recebe alunos de graduação e de pós-graduação da PUC Goiás e de outras instituições.

O tema central do evento é Políticas educacionais: projetos em disputa e, durante os dois dias, estão em debate tópicos como a base nacional comum curricular, a reforma do Ensino Médio, PNE, entre outros. Na abertura do colóquio, a professora doutora Mônica Ribeiro da Silva, da Universidade Federal do Paraná, tratou em conferência sobre a Base Nacional Comum Curricular, modelo em implantação no Brasil.

Para o público seleto, ela falou sobre a política curricular brasileira, que considera “extremamente totalitária”. A BNCC está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), mas vários especialistas consideram que a exposição na internet para consulta pública não contemplou uma discussão ampla e coerente com a diversidade e a desigualdade do setor no Brasil. “O que estamos vendo é a reprodução de modelos que não têm aderência às escolas brasileiras e que ampliam a desigualdade ao adotar um padrão único”, explicou a palestrante.

O evento continua até amanhã com outras discussões sobre política educacional e gestão escolar. Segundo a professora doutora Maria Cristina das Graças Dutra Mesquita, da comissão organizadora do colóquio, as discussões do evento são importantes para alunos e docentes devido ao momento de tensão e disputa do modelo educacional brasileiro. “Estamos discutindo reformas muito importantes na educação básica como um todo a partir da reforma do Ensino Médio, reforma da base curricular, temos alterações na legislação. Preciso que conheçamos os projetos e as ideias que estão em disputa para que a gente possa se posicionar”, explica a professora.

Fotos: Weslley Cruz