Colóquio debate direitos da criança e do adolescente

Com o tema Crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, o Programa Educação e Cidadania (PEC), da PUC Goiás, realizou na noite desta terça-feira, 29, seu primeiro evento do semestre. O colóquio reuniu alunos de diversos cursos no Auditório 2 da Área 2, que acompanharam palestras de quatro profissionais que trabalham o assunto em diferentes âmbitos.

O coordenador do programa, prof. Adilson Alves da Silva, diz que o objetivo é debater o tema “para minimizar ou contribuir para a minimização dos conflitos que temos na sociedade”. Ele ressaltou que o assunto desperta o interesse de acadêmicos da área de formação de professores e também dos bacharelandos.

Silva explica que os colóquios são desdobramentos dos dois projetos desenvolvidos. Um sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completou 25 anos em 2017, e outro sobre educação popular, cultura popular e alfabetização. “O programa é um espaço de estudo e de encaminhamento de ações”, ressalta o coordenador.

Além dos colóquios, o PEC realiza também minicursos, audiências públicas, palestras e seminários. Um curso de alfabetização de jovens e adultos também está em funcionamento e está com inscrições abertas até esta quinta-feira, 31. O grupo de estudos do PEC se reúne quinzenalmente, na Escola de Formação de Professores e Humanidades (EFPH).

Defesa de direitos

Coordenador do Fórum Goiano de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes e pesquisador da Escola de Ciências Sociais e da Saúde da PUC Goiás, o prof. Joseleno Vieira dos Santos, fez uma retrospectiva sobre como a criança foi vista nos últimos séculos.

“A partir do século XII, é que ela é, de certa forma, descoberta. As legislações tiveram um papel fundamental, passando pelo primeiro código do menor, em 1927, o segundo, de 1979, que indicavam uma visão de atuar em relação à criança por seu comportamento”, relembrou.

É na virada dos anos 1980 para os anos 1990 que ganha força a ideia da criança enquanto sujeito e o que deveria ser garantido a ela, nesse contexto. “O ECA reafirmou essa construção, que aqui no Brasil se dá a partir da década de 1980. O Estatuto é o instrumento legal que implica na estruturação dessa nova concepção”, ressalta.

O defensor público Bruno Malta Borges explicou o papel do órgão na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Em Goiás, a atuação da Defensoria Pública se restringe a Goiânia e a Anápolis. “Ainda há uma dificuldade de se enxerga o órgão como um integrante do sistema de garantia”, apontou ele, que é membro do Núcleo Especializado da Infância e Juventude de Goiânia.

Também participaram do colóquio a profa. Lucinete Jardelina de Oliveira, da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) de Goiânia e a profa. Patrícia Neres, que é conselheira tutelar na região Leste da capital.

Participação

Para a acadêmica de Serviço Social da universidade, Thalita Hagar Oliveira, 23 anos, o colóquio servirá como um auxílio para o desenvolvimento de sua monografia, em fase inicial. “É uma oportunidade de esclarecer dúvida, conhecer mais a temática e também novos autores, além de fazer perguntas. Tudo pode contribuir”, diz ela, que está no sétimo período e pesquisará sobre violência sexual contra crianças e adolescentes.

Fotos: Wagmar Alves

 

 

PUC Goiás
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.