Colóquio de Direitos Humanos debate migração e interculturalidade

A PUC Goiás promove, de 26 a 30 de novembro, o Colóquio de Direitos Humanos, evento que aborda temas contemporâneos com foco em migração e interculturalidade. Organizado pelos programas de Direitos Humanos (PDH), Estudos Afro-Brasileiros (Proafro) e Estudos e Pesquisas da Mulher (PIMEP), todos vinculados ao Centro de Estudos, Pesquisa e Extensão (CDEX/PROEX), o evento conta com financiamento da CAPES/CNPq e apoio da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia. A programação inclui palestras, mesas-redondas e debates que conectam academia, educação básica e sociedade civil em prol dos direitos humanos.

Na abertura, realizada no dia 26, o destaque foi a mesa-redonda Migração, violência e direitos humanos: a problemática da cidadania transfronteiriça. O debate reuniu o professor Dr. Magno Medeiros (UFG) e a professora Dra. Andréa Vettorassi, coordenadora da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, com mediação da professora Me. Núbia Simão, coordenadora do PDH na PUC Goiás. A troca de experiências evidenciou os desafios de promover a cidadania em contextos migratórios e de acolhimento. Já no segundo dia, a mesa Literatura, educação para as relações étnico-raciais e migração trouxe o escritor guineense Eliseu Banori, que compartilhou suas vivências como migrante e autor, e o professor Dr. Sinval Martins (UFG), que destacou a inclusão da literatura indígena no ensino superior.

Eliseu Banori, reconhecido como o maior escritor guineense publicado no Brasil, relatou os desafios e aprendizados da migração, que moldaram sua produção literária. “A literatura, por meio de palavras, foi me mostrando outros lados da vida: os problemas sociais, as desigualdades e os preconceitos. Acho que todo escritor deve ficar atento às realidades à sua volta”, afirmou. Já o professor Sinval destacou a relevância da criação da disciplina de literatura indígena na UFG, enfatizando a necessidade de romper invisibilidades culturais e linguísticas no ambiente universitário. “É uma provocação para que possamos cumprir as leis que promovem a inclusão de culturas indígenas e afro-brasileiras no ensino”, pontuou.

A coordenadora Marluz Pereira Guimarães, da Secretaria Municipal de Educação, reforçou a importância da parceria com a PUC Goiás para ampliar o debate sobre literatura afro-brasileira e indígena entre educadores. “É fundamental que os professores tenham referencial teórico para fazer escolhas conscientes em suas práticas pedagógicas, rompendo com preconceitos e promovendo uma educação mais inclusiva e diversificada”, destacou. O Colóquio segue até 30 de novembro, consolidando-se como um espaço de reflexão e fortalecimento de práticas democráticas e de cidadania.

Fotos: Wagmar Alves

PUC Goiás
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