Centro-Oeste se despede da imagem peregrina de Nossa Senhora

A Igreja Católica no Centro-Oeste se despediu das imagens peregrinas de Nossa Senhora Aparecida em missa realizada na noite desta terça-feira, 15. Com a Matriz de Campinas lotada por centenas de fiéis, cânticos, bandeirinhas alusivas à passagem da imagem mariana e uma palavra que exaltou a importância de Maria para o povo brasileiro, a solenidade encerrou sua visita por Goiás e pelo Distrito Federal, iniciada em outubro de 2016, no mesmo santuário da capital.

A peregrinação faz parte das comemorações do Jubileu de 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, nas águas do Rio Paraíba do Sul, e do Ano Mariano, que será comemorado  até outubro. Com isso, a Igreja quer intensificar a devoção à Mãe de Jesus, sob o título de Aparecida.

Ao todo, as várias imagens visitaram as 12 dioceses do Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além do Ordinariado Militar do Brasil, em Brasília. Desde quando chegou a Goiânia, percorreu as 117 paróquias, as oito quase paróquias e os três santuários.

O pró-reitor de Comunicação da PUC Goiás, prof. Eduardo Rodrigues, acompanhou a celebração. A peregrina esteve na universidade entre os dias 17 e 31 de março. Passou pela Reitoria, Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, pela sede da PUC TV, filiada da TV Aparecida, na Fundação Aroeira, na Paróquia Universitária São João Evangelista, no Centro de Educação Comunitária de Meninas e Meninos (Cecom) e na Divisão de Serviços Gerais (DSG).  Na Jornada da Cidadania, em maio, o Centro de Convenções PUC ganhou uma capela para abrigar a imagem.

Presença materna e providente

Durante a celebração, o arcebispo de Goiânia, dom Washington Cruz, destacou o sentimento de gratidão que marca a passagem da peregrina pelo Centro-Oeste. “Essa visita quis relembrar a proteção de Maria. Essa imagem humilde, que lembra o povo brasileiro, a presença materna da mãe do Nosso Senhor”, afirmou.

Ele definiu a presença de Maria como “materna, carinhosa e providente” na vida dos fiéis. “Não poderia ser diferente. Foi o próprio Cristo que lhe deu essa missão na terra em relação a nós, seus discípulos amados. Foi Ele mesmo que lhe deu a missão de ser nossa mãe”, afirmou.

No momento do ofertório, já no encerramento da missa, foram ofertados fragmentos de terra de cada diocese no altar, que serão enviados para Aparecida e misturados com a terra de todas as dioceses do Brasil, para compor uma coroa para a Padroeira.

Histórico

No ano de 1717, os pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, saíram para pescar, numa época escassa de peixes. Por ação misteriosa de Deus, chegando ao Porto de Itaguaçu, a primeira coisa que caiu em suas redes foi o corpo de uma imagem quebrada na altura do pescoço.

Após lançarem a rede pela segunda vez, encontraram a cabeça da mesma imagem. Ao juntarem as duas partes, eles perceberam que se tratava de Nossa Senhora da Conceição. Depois do encontro da imagem, a pesca de peixes foi abundante e os pescadores intuíram a presença e ação de Deus no evento.

Por assim ter acontecido, o povo a chamou de Aparecida, nome consagrado pela devoção popular, chegando a ser proclamada rainha em 1904 e padroeira do Brasil, em 1930.

(Com informações da Arquidiocese de Goiânia)