Casamento comunitário marca último dia da Jornada

A união de sete casais é um dos momentos mais emocionante e esperado da 5ª Jornada da Cidadania. No último dia da programação, neste sábado, na Capela da Vila Cenográfica da Vila Santa Luzia, o padre Rodrigo de Castro celebrou a união dos noivos, que foram escolhidos pelas paróquias de Goiânia para viver a emoção do sacramento matrimonial. O reitor da PUC Goiás, professor Wolmir Amado, e a professora Suely Amado foram os padrinhos da união, que tem validade civil e reuniu familiares e comunidade.

Com todos os ritos tradicionais, das roupas dos noivos ao bolo do casamento, os casais celebraram o amor e a união com a consagração católica. A maioria já vivia junto com filhos e apenas oficializaram um desejo antigo.  Foi o caso de Maria Dalva Gonçalves, que aos 56 anos, depois de 26 anos vivendo com Antônio Venâncio, se vestiu de branco para receber o sacramento religioso. “Eu frequento a igreja e não podia comungar. Era como ir na festa e não comer o brigadeiro”, conta ela, que fez este ano a primeira comunhão e a crisma e cumpriu a última etapa com o casamento. Os dois filhos e os dois netos testemunharam o casamento dos pais.

Kenedy Rodrigues Souza também foi formalizar a história de amor com Tânia Rúbia Ribeiro, com quem está há 18 anos. “Era um sonho da gente que se realiza”, explica Kenedy. Foi o filho Ítalo quem levou a mãe ao altar, diante dos olhos emocionados do marido. Os dois são de Goiânia e estiveram pela primeira vez no Memorial do Cerrado. “É um lugar muito bonito, nunca pensei que tivesse esse lugar dentro da cidade”.

A noiva Denise Maria também esteve pela primeira vez no Memorial do Cerrado para selar a união com o marido, com quem divide a vida há três anos e tem uma filha de 8 meses. Entre fotos e parabéns, ela disse se sentir realizada e abençoada com a novidade. O professor Wolmir Amado relembrou os primeiros casamentos apenas no civil que aconteciam na jornada até a evolução para a cerimônia religiosa, em um formato que envolve as pastorais e também empresas parceiras.

“A família perpassa um valor da cidadania. Incentivamos laços de afeto e de amor que possam ser a base do sustento dos filhos, sustento afetivo e espiritual. E isso passa pelo caminho sacramental”, disse o professor Wolmir, que ressaltou que a iniciativa tem sido perseverada. “Amor que é caridade e é solidariedade. Este casamento é uma grande partilha”.

Emocionado, o padre Rodrigo de Castro conduziu os sete casamentos e falou sobre do contexto da Jornada durante a celebração. “É uma graça  oficializar e legitimar essa dádiva na vida destas família, em uma experiência comunitária que nos aproxima das nossas raízes cristãs, goianas e católicas”, disse ele, lembrando do alcance do evento para a dignidade das famílias presentes. “É muito bonito esta igreja mais próxima e ao alcance do povo, este zelo que vai encontro com o irmão”, confirmou.

Fotos: Weslley Cruz