Alfadown sensibiliza educandos para temática da Campanha da Fraternidade

Uma atividade reflexiva para desenvolver o senso crítico, a percepção do eu, do outro e da realidade desigual que vivemos. Com essa proposta, o Projeto Alfadown reuniu educandos e voluntários na tarde desta terça-feira, 2 de maio, na Escola de Formação de Professores e Humanidades (EFPH), para pensar a proposta da Campanha da Fraternidade 2023, que neste ano discute o tema Fraternidade e Fome.

O assunto foi conduzido pela professora da Secretaria Municipal da Educação (SME), Renata Barreto. Inicialmente, os estudantes fizeram uma leitura crítica do cartaz da campanha, depois assistiram a um vídeo sobre o tema e, em seguida, participaram de dinâmicas em grupo com auxílio dos voluntários.

Além da reflexão propriamente dita, o intuito da atividade foi sensibilizar os educandos para auxiliar quem não tem a possibilidade de comer. Com muito ou pouco, cada um pode ajudar com o que tem, a sua maneira.

“Provocamos os educandos para não naturalizarem situações de fome e de pobreza. Se um sofre, o outro sofre também, porque nós somos humanidade. É preciso envolver-se de fato, se você não tem o material pra dar, dê um sorriso, um bom dia, porque isso também é fraternidade, é comunhão”, instigou Renata.

A coordenadora do Programa de Referência em Inclusão Social (PRIS), o qual o Alfadown está vinculado, profa. Pollyanna Rosa Ribeiro, explicou que a proposta do Programa envolve diretamente a Campanha da Fraternidade, já que a inclusão tem tudo a ver com a fraternidade e a fome.

“Temos como frente de trabalho a inclusão de todos para garantia dos seus direitos e hoje fazemos uma atividade de conscientização e diálogo, envolvendo a temática da CF, na expectativa de que os voluntários e educandos multipliquem aquilo que estão aprendendo com sua rede de convivência”, pontuou.

Culinária afetiva

Com  30 voluntários e 20 educandos matriculados atualmente, o Projeto Alfadown trabalha neste semestre com a temática da culinária afetiva. Por intermédio de uma parceria com o curso de Nutrição, a alimentação é o foco principal das atividades que visam auxiliar às pessoas com Síndrome de Down no desenvolvimento das atividades sociais, interação social e letramento.

Coordenadora do projeto, a profa. Luciana Novais informou que os educandos vão produzir um caderno de receitas afetivas, até o final do semestre. O intuito é incentivar os estudantes a lidar com as próprias emoções. “A ideia é resgatar um prato que lembra a infância, que traz uma mensagem de afeto, feito por alguém da família. Em grupos, os estudantes elegem os pratos que gostam e pesquisam de onde é a receita, quem fez e que tipo de afeto a comida traz pra eles”, explicou.

Outras atividades estão previstas na programação, entre elas, a realização de um piquenique e uma visita ao laboratório do curso de Gastronomia, na Área 4 (Praça Universitária). É importante destacar que a proposta da culinária afetiva também envolve a família dos educandos.

Experiências dão novo sentido à vida

Entre os educandos e voluntários do Alfadown a relação é de parceria, respeito, acolhida e amizade. A disponibilidade para o outro é o que move as trocas diárias. A estudante do 3º período do curso de Fonoaudiologia, Roberta de Assis Pereira, voluntária há um ano na iniciativa, disse que é outra pessoa depois da experiência do voluntariado.

Ela acredita que toda essa aprendizagem vai agregar também no exercício da sua futura profissão: “aqui eu aprendo a lidar com as diferenças, temos vários educandos com problemas na fala, tento ajudar com isso e é muito gratificante”, ressaltou.

Se para os voluntários a experiência ressignifica a vida e os saberes sobre a inclusão, para os educandos a aprendizagem também não poderia ser diferente. Razão de ser do projeto, eles movem a iniciativa e deixam exemplos inspiradores de que a inclusão pode e deve ocorrer na prática, em todas as esferas da sociedade.

Animada com a iniciativa, Monique Leite de Moura, de 22 anos, disse que cresceu dentro do projeto. Aberta a novas amizades, ela pontua o que mais gosta no Alfadown: reencontrar os amigos. Após a atividade, a jovem com Síndrome de Down aprendeu que a fome existe em todo lugar e que é necessário ajudar quem precisa.

Fotos: Ana Paula Abrão 

PUC Goiás
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