Acadêmicos de Medicina discutem saúde indígena

A saúde indígena foi pauta de discussão entre acadêmicos e docentes do curso de Medicina na manhã desta terça-feira, 28, na Área 4. Proposta do Eixo Teórico-Prático Integrado, disciplina que se propõe a abordar um problema de cunho social que tenha relação com a saúde pública, o caso foi conduzido pelos estudantes do 8º Módulo do curso, Stéfano Machado, Álef Ribeiro e Camila Garcia de Souza.

Participaram da reunião, a enfermeira indígena da etnia Canela, Diomar Silva Cruz, que representou a Casa da Saúde Indígena de Goiânia e o carajá Curerrete, da Secretaria de Saúde Indígena.
Na ocasião, eles abordaram sobre as dificuldades vivenciadas pelos povos indígenas, entre elas, a falta de infraestrutura, repasse de recursos e a regulação, que possibilita a consulta na especialidade e os devidos encaminhamentos. Os estudantes investigaram o fluxograma do repasse de verbas para o índio – da União até chegar ao município- além de estudar as doenças que mais afetam essa camada da população, entre outras questões.

“É um momento que traz a teoria e prática, além de ser uma oportunidade muito grande que a PUC nos dá. O índio tem suas particularidades culturais, entre elas, os dialetos que falam – e ter essa familiarização com a saúde indígena e a precariedade da inserção dela na saúde pública é muito importante para nossa formação”, avaliou Stéfano.

Diretora técnica da Casai, a enfermeira Diomar pontuou as dificuldades na regulação: “este é o ponto principal, temos falta de infraestrutura e condições para prestar uma assistência de qualidade. Temos uma equipe multidisciplinar que está tentando fazer o seu melhor e se manter de pé diante dessa situação”, disse.

Ao mesmo tempo, conclamou para que a sociedade se sensibilize para a temática: “falta o conhecimento de miscigenação da própria pessoa, de conhecer sua própria história e a população indígena é tida como invisível no Brasil. É mais cômodo não se envolver, mas todo brasileiro faz parte da história do índio”, instigou.

Dentre as propostas de intervenção pontuadas pelos acadêmicos, a verticalização do caso para que o tema seja investigado por outras turmas da Medicina e o contato com a mídia, de forma a divulgar a realidade vivenciada pelos indígenas.

 

Fotos: Weslley Cruz

PUC Goiás
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.