PUC Goiás reafirma protagonismo na formação em Serviço Social no centenário da profissão na América Latina

O Dia do(a) Assistente Social no Brasil é celebrado nesta quinta-feira, 15 de maio, e, em 2025, ganha um contexto ainda mais simbólico: neste ano também é comemorado o centenário da profissão na América Latina e no Caribe.

Inserido nesse marco histórico, o curso de Serviço Social da PUC Goiás, o primeiro da Região Centro-Oeste, reafirma seu protagonismo na formação de profissionais comprometidos com a transformação social. Fundado em 1957, o curso acumula uma trajetória pioneira que se entrelaça com os avanços, desafios e lutas que moldaram o Serviço Social ao longo das últimas décadas.

A data é celebrada em todo o país com a realização da Semana do(a) Assistente Social, que chega à sua 40ª edição em Goiás e ocorre entre os dias 14 e 16 de maio no Salão Nobre da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). O evento é promovido por uma comissão composta por representantes dos cursos de Serviço Social, do Conselho Regional de Serviço Social (Cress 19ª Região), estudantes e convidados.

O tema deste ano, Justiça ambiental, povos e biomas: a gente defende a justiça ambiental para enfrentar a desigualdade social, reflete a preocupação com as intersecções entre justiça social, crise climática e os direitos de populações historicamente marginalizadas.

A professora Carmen Regina Paro, docente do curso de Serviço Social da PUC Goiás, destacou a contribuição histórica da universidade para a formação crítica na área. “O curso acumulou um campo do conhecimento importante, cujos subsídios vêm servindo a outras instituições, inclusive em nível nacional. Nossa participação nas edições da Semana do(a) Assistente Social sempre foi marcada pelo compromisso com os princípios ético políticos da profissão”, afirmou.

Na cerimônia de abertura do evento, realizada na noite desta quarta-feira, 14, na Alego, a professora Sandra de Faria, também da PUC Goiás e coordenadora de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss), enfatizou a atualidade e urgência dos temas discutidos, especialmente diante do avanço do ultra neoliberalismo e da desproteção social no Brasil.

“Precisamos reconhecer e apoiar as lutas por terra e território que estão em curso no país. O Serviço Social está inserido na luta emancipatória, e a defesa da justiça ambiental passa pela proteção dos povos indígenas, comunidades tradicionais e moradores das periferias urbanas”, afirmou.

Sandra reafirmou ainda o compromisso da Abepss com o projeto ético político do Serviço Social, baseado na totalidade, na emancipação e na articulação entre formação e prática profissional. Ela convidou a comunidade acadêmica a participar das oficinas regionais e nacional da entidade, que este ano discutirão o tema Formação em Serviço Social na perspectiva de totalidade: em defesa da unidade das lutas sociais emancipatórias.

A professora também enfatizou a necessidade de fortalecer o diálogo entre as unidades de ensino e os Conselhos Regionais de Serviço Social, por meio das Comissões de Formação e Trabalho, com o objetivo de combater a precarização do ensino e construir estratégias de resistência coletiva.

A presidenta do CRESS 19ª Região, Sueli Almeida Neves Sousa, destacou o caráter coletivo e combativo da atuação profissional. “O Serviço Social é resistência. Atuamos nas expressões das desigualdades sociais e temos a responsabilidade de reinventar a lógica destrutiva do capital”, declarou, reforçando a importância da organização política da categoria.

A pauta da justiça ambiental também foi abordada por Adriana Soares Dutra, presidenta do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), que salientou o compromisso da profissão com as lutas sociais. “Essa não é uma luta de todos, mas é uma luta que tem lado. E é desse lado que o Serviço Social quer estar: com as comunidades tradicionais, povos indígenas e os trabalhadores das periferias.”

Representando a Universidade Federal de Goiás (UFG), o coordenador do curso de Serviço Social, professor Luis Augusto, relembrou a expansão da formação na área em instituições públicas, ainda que tardia no estado. “O curso da UFG surgiu em 2008 como o primeiro público em Goiás, mas a formação crítica já vinha sendo conduzida pela PUC Goiás há décadas, respondendo às demandas sociais por meio da qualificação de profissionais comprometidos com os direitos sociais.”

Novo Projeto Pedagógico do curso de Serviço Social avança para aprovação final

Atualmente em fase de aprovação pela Câmara de Graduação da Pró-Reitoria de Graduação da universidade, o novo Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Serviço Social da PUC Goiás atualiza a proposta formativa da graduação, alinhando-a às diretrizes mais recentes do Ministério da Educação (MEC) e da ABEPSS, bem como às demandas sociais do mundo contemporâneo.

Com mais de 4 mil profissionais formados, o curso reafirma sua vinculação histórica com a luta pelos direitos sociais, valorizando uma formação crítica, interdisciplinar e comprometida com a realidade brasileira. A nova estrutura curricular está distribuída em três núcleos ao longo de oito semestres, totalizando 3.020 horas, que incluem estágios supervisionados, atividades de extensão e componentes complementares. A curricularização da extensão está assegurada conforme a Resolução CNE/CES nº 7/2018.

O perfil do egresso foi reformulado para formar profissionais com sólida base teórica, ética e técnica, aptos a atuar em diversos campos do Serviço Social. O novo PPC também fortalece a integração entre graduação e pós-graduação e valoriza práticas metodológicas que incentivam o protagonismo estudantil, a produção científica e a inserção comunitária.

Universidade no cenário internacional

Como parte das comemorações dos 100 anos do Serviço Social na América Latina e no Caribe, a Associação Latino-Americana de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ALAEITS) promoverá, em outubro de 2025, um seminário internacional no Chile. O evento reunirá profissionais, docentes e estudantes de diversos países para debater os desafios atuais da profissão e reafirmar seu compromisso com os direitos humanos e a justiça social.

A participação da PUC Goiás no seminário reforça seu protagonismo na formação de assistentes sociais comprometidos com os desafios ético políticos da profissão, além de reafirmar sua inserção em debates internacionais sobre a transformação social.

Fotos: Weslley Cruz 

 

 

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