Universidade sedia primeiro Torneio Juvenil de Robótica do estado

A Escola de Ciências Exatas e da Computação (ECEC) da PUC Goiás sediou nesta quarta-feira, 9, o 1º Torneiro Juvenil de Robótica – etapa regional, com crianças e jovens de escolas de sete cidades goianas. Mais de 40 equipes com estudantes de 7 a 18 anos participaram da competição. A programação também trouxe oficinas e palestras sobre a temática.

“Nos procuraram com a ideia do projeto e abraçamos a causa na hora. O que estamos vendo aqui hoje é o nosso futuro. O mundo mudou e os alunos do ensino fundamental já estão muito imersos tecnologicamente”, explica a diretora da ECEC, professora Mírian Gusmão. Além de sediar o evento, a universidade disponibilizou seus estudantes para atividades de monitoria e organização.

Um dos organizadores do evento, o professor Clebes André da Silva, que atua na ECEC e na rede pública, destaca a relevância do evento para os estudantes do estado por ser uma competição livre, que inclui não só a plataforma LEGO como também a Arduino, que é mais acessível e mais utilizada em instituições públicas. “Muitas escolas trabalham com o Arduino, por ser de código aberto e ter o kit mais barato, e ficam sem ter onde levar os seus alunos para disputarem e resolverem problemas com outras equipes”.

Sobre a inclusão da robótica no dia a dia de estudantes tão jovens, o professor comemora. “Mesmo sem programar, o estudante vai aprendendo muito, porque tem que trabalhar em equipe, precisa ter raciocínio lógico para conseguir planejar respostas para os problemas, entre outras coisas. Além disso tudo, esse aluno vai pegando conceitos da química, da física, da matemática, da geografia e de diversas outras disciplinas e aplicando”, conta.

A professora da Escola Municipal de Tempo Integral Retiro do Bosque e da Escola Municipal Francisco Rafael Campos, ambas em Aparecida de Goiânia, Sangy Cardoso, concorda. “É importante para eles porque aprendem a agir quando algo dá errado, a lidar com a frustração, entendem a importância da organização. Isso contribui imensamente para que eles sejam adultos mais preparados para a realidade complexa que nós temos”, analisa. Sobre o evento, a docente se disse feliz e motivada, pois afirma ver uma competição mais justa entre os estudantes. “As escolas compartilham da mesma realidade”, lembra. Além de aprendizado, a experiência proporcionou também sorrisos no público. Estudante do quarto ano fundamental, Nathália Luana, 9, caminhou pela universidade exibindo orgulhosamente seu projeto, mesmo tendo perdido a rodada. “Tô achando tudo muito legal. Eu amo robótica e aqui as coisas estão caminhando”.

A primeira edição do torneiro foi organizada pelos professores mestres Clebes André da Silva, Adriano Fonseca e Marcelo Fernandes, com o apoio da PUC Goiás e da Secretaria de Estado de Educação (Seduce), com o fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).