Mestrado discute desafio de formação dos pesquisadores

Como formar um pesquisador, esta foi a pergunta respondida durante a aula inaugural do Mestrado de Atenção à Saúde da PUC Goiás, nesta quinta-feira, 20, no Auditório da Área 1. Uma novidade foi chamar os alunos de graduação com projetos de Iniciação Científica, ligados à Escola de Ciências Sociais e da Saúde da universidade. O objetivo principal foi fomentar a cultura da pesquisa entre os estudantes.

A professora Adenícia Souza, coordenadora do Mestrado, abriu a aula com palestra sobre a formação para a ciência na área da saúde. À frente dos estudantes, ela falou sobre as possibilidades para a formação do pesquisador. “A pesquisa é uma capacidade criativa para resolver problemas da humanidade e o questionamento é o mote maior do pesquisador”, afirmou ela, contando aos alunos parte da sua própria trajetória pessoal na formação e as mudanças acadêmicas nos últimos anos.

O grande desafio dos pesquisadores hoje, além de apoio e incentivo, é viver situações nunca vividas ou pensadas antes, a partir da observação da realidade, segundo Adenícia. O Mestrado recebe este ano 18 novos alunos, alguns egressos da Escola na PUC Goiás. É o caso de Nathalia Caetano Barbosa, que já está no segundo ano do Mestrado. Formada em Enfermagem em 2018, ela emendou com o curso de Mestrado e conduz a pesquisa “Doenças imunopreviníveis em crianças menores de 5 anos no Brasil”. Para ela, esta é a possibilidade de crescer na carreira. Atualmente Nathalia é gestora de um Distrito Sanitário em Goiânia.

O Mestrado e o Doutorado são passos essenciais para o acesso à carreira acadêmica. Atualmente mais de 2/3 dos professores no Ensino Universitário são doutores e a tendência é que este seja um número total, crescendo as possibilidades para os pesquisadores, mestres e doutores.  Os pesquisadores podem atuar na vida acadêmica, mas também podem estar na iniciativa privada com soluções para diferentes questões.

Foi o que falou a professora Luciane Ribeiro, professora na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Goiás, convidada da aula inaugural. O tema da sua palestra foi o empreendedorismo, uma marca nova para os pesquisadores atuais. “É muito importante o uso de conceitos de empreendedorismo pelos cientistas para produzirmos projetos eficientes com relação à inovação e assim fazer uma diferença para a sociedade”.

Além das experiências no campo do trabalho, a aula inaugural trouxe ainda uma abordagem sobre ética nas pesquisas. O professor Rogério José de Almeida, coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da PUC Goiás, deu um recado para os alunos da graduação à pós-graduação sobre a importância da ética nas pesquisas, que deve ser inserida na formação em ciência. Só no ano passado, o Comitê avaliou mais de 500 projetos de pesquisas e mais de 1.700 pareceres.