Mesa-redonda discute preservação de patrimônio religioso

Um dos destaques da programação do Congresso Internacional Acordo Brasil Santa Sé, evento realizado pela primeira vez no Centro-Oeste brasileiro, nesta quarta-feira, 4, foi a mesa-redonda sobre Legislação de Proteção ao Patrimônio Histórico Cultural Religioso, que reuniu dra. Giselle Ribeiro de Oliveira, promotora de Justiça e Coordenadora das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, e dom Gregório Paixão, bispo de Petrópolis (RJ), integrante da Comissão Especial para os Bens Culturais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Os debatedores discutiram a importância do cuidado e da preservação do patrimônio material e imaterial da Igreja no Brasil, além de apropriação pelas comunidades locais onde estes patrimônios estão localizados. O debate foi mediado pelo diretor da Escola de Artes e Arquitetura, professor Marcelo Granato de Araújo.

A promotora Giselle falou do papel do Ministério Público na preservação do patrimônio e da experiência em Minas Gerais, onde crimes ambientais como o de Mariana mostraram a importância dos inventários para os planos de gerenciamento de risco no estabelecimento de prioridades, nestes casos, e do papel do órgão em receber denúncias no caso de descuido ou falta de manutenção de igrejas e bens.

Já o bispo de Petrópolis falou da importância do trabalho das igrejas na conservação do patrimônio para a história do Brasil. “Vamos catalogar e contribuir para a cultura brasileira”, explicou, lembrando que as empresas têm interesse em conservar estes patrimônios a partir da legislação de incentivo.  O evento com mais de 300 participantes termina nesta quinta-feira, 5, e discute a fundamentação das políticas públicas em ambiente religioso.

Fotos: Weslley Cruz